quinta-feira, dezembro 31, 2009

Escolher a Felicidade

"Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de seus santos. Felicidade ou paz nós as construímos ou destruímos: aqui o nosso livre-arbítrio supera a fatalidade do mundo físico e do mundo do proceder e toda a experiência que vamos fazendo, negativa mesmo para todos, a podemos transformar em positiva. Para o fazermos, se exige pouco, mas um pouco que é na realidade extremamente difícil e que não atingiremos nunca por nossas próprias forças: exige-se de nós, primacialmente, a humildade; a gratidão pelo que vem, como a de um ginasta pelo seu aparelho de exercício; a firmeza e a serenidade do capitão de navio em sua ponte, sabendo que o ata ao leme não a vontade de um rei, como nos Descobrimentos, mas a vontade de um rei de reis, revelada num servidor de servidores; finalmente, o entregar-se como uma criança a quem sabe o caminho. De qualquer forma, no fundo de tudo, o que há é um acto de decisão individual, um acto de escolha; posso ser, se tal me agradar, infeliz e inquieto."
 
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'

terça-feira, dezembro 29, 2009

Milagres - II

Milagres despertam novamente a consciência de que o espírito, não o corpo, é o altar da verdade. É esse o reconhecimento que conduz ao poder curativo do milagre.
Milagres fazem com que sejas capaz de curar os doentes e ressuscitar os mortos porque tu mesmo fizeste a doença e a morte, podes, portanto, abolir ambos. Tu és um milagre, capaz de criar como o teu Criador. Tudo o mais é o teu próprio pesadelo e não  existe. Somente as criações da luz são reais.
Milagres devem inspirar gratidão, não reverência. Deves agradecer a Deus pelo que realmente és. As crianças de Deus são santas e os milagres honram a sua santidade, que pode estar oculta mas nunca perdida.
Do Capítulo 1, I-20, I-24, I-31, do UCEM

terça-feira, dezembro 22, 2009

Celebrar o natal do mítico menino-jesus.

"Enquanto os Povos de todo o mundo celebram, ainda que inconscientemente, o natal do Sol, no pleno do seu solstício de Inverno, as Igrejas eclesiásticas, a católica romana e as protestantes, metem-se nos seus locais de culto a celebrar o natal do mítico menino-jesus. A pompa maior, pelo menos, no Ocidente, vai inteira para Roma, com sucessivas missas, a do galo, a da aurora e a do final da manhã. Se repararem bem, as celebrações dos povos, ainda com a sua dimensão fortemente familiar – começa já a diluir-se e não levará muitos anos que nem esta dimensão se manterá, fica só a do desenfreado e demente consumismo – são, por enquanto, bem mais festivas e humanas que as das Igrejas eclesiásticas, por mais pompa de que se revistam as suas liturgias. Então as liturgias presididas pelo papa Bento XVI são um desastre. Não há ali um pingo de humanidade, de alegria, de bem-estar, de felicidade. É tudo tão frio, tão patriarcal, tão ritual, tão sem graça, tão cerimonial, que não se entende como é que ainda há quem se desloque de longe para fazer monte em todo aquele gelo litúrgico. São figurantes num espectáculo cujo guião exige a presença de multidões e estas não se fazem rogadas e lá vão. São figurantes na vida real e assim continuam, também nestes dias de mentira. Jesus, o de Nazaré, não é mentira, obviamente. Mas este menino-jesus que as celebrações natalícias das Igrejas apresentam, é. Os cultos são mentira e o menino-jesus, cujo natal todos esses cultos pretendem celebrar, também é. O Jesus real, histórico, nunca gostou de cultos. E, quando foi ao Templo de Jerusalém, foi para anunciar que de tudo aquilo não ficaria pedra sobre pedra. E não ficou."

Diário Aberto de 28 de Dezembro de 2008 do Mário de Oliveira

http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/

 

 
 

sexta-feira, dezembro 18, 2009

A Vida é um jogo. é o Jogo Fundamental

 

 

A Vida é um jogo, e como tal, é diversão que traz Alegria, aquela Alegria de que sentimos falta quando consideramos que algo na Vida é tão sério, tão sério que entramos na ilusão sem ter consciência que é uma ilusão.

 

Quando a seriedade nos atinge, é por que acreditamos que a Vida não é um jogo, acreditamos que a vida é dura e que temos que ser tenazes perante Ela, temos que enfrentá-La, fazer-lhe resistência, em vez de sermos “rio”, somos “barragem”.

 

No meio disto tudo, onde está a Alegria? Aquela Alegria que transforma o nosso rosto num rosto calmo, sereno, risonho, confiante, sem tensão muscular. O nosso rosto mostra verdadeiramente o nosso Ser, nota-se quando um sorriso é forçado, nota-se o esforço de ser simpático quando por dentro se “arde” de medos inventados.

 

Quando a nossa mente aceita a Vida como um jogo, não há como vir a tristeza, como vir a tensão, o medo, o esforço. A Vida flui como água num rio, passando por cima ou ao lado dos obstáculos, mas nunca parando, é no movimento que a água se oxigena e mantém vivos todos os seres que nela vivem. Alguém conhece algum rio que seja triste? Alguém conhece alguma pessoa que se sinta triste perante um rio? O rio joga o jogo da Vida, e assim é connosco. Que assim seja connosco.

 

 

 

terça-feira, dezembro 15, 2009

Saber Amar


A crueldade de que se é capaz
Deixar pra trás os corações partidos
Contra as armas do ciúme tão mortais
A submissão às vezes é um abrigo

Saber Amar
É saber deixar alguém te amar

Há quem não veja onde ela está
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio

O amor escapa-te entre os dedos
E o tempo escorre pelas mãos
O sol já se vai pôr
No mar

Há quem não veja onde ela está
E nada contra o rio
Nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio



letra de uma música dos Delfins

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Seja Verdadeiro - OSHO

 

Lembre-se sempre, não importa o que você esteja fazendo, observe se seu centro está envolvido nisso ou não, porque se ele não estiver envolvido é melhor não fazer nada. Não faça nada! Ninguém está lhe forçando a fazer coisa alguma.

Conserve sua energia para o momento
quando alguma coisa real acontecer a você; então o faça. Não sorria, preserve a energia. O sorriso virá e então lhe mudará completamente. Assim será total. Cada célula de seu corpo irá sorrir. Desse modo será uma explosão — nenhuma falsidade.

Lembre-se disso: desde manhã cedo, quando você abrir seus olhos, tente ser verdadeiro e autêntico.
Não faça nada que seja falso. Só por sete dias, continue se lembrando. Não faça nada que seja falso. O que quer que se perca, deixe perdido. O que quer que você perca, deixe perdido.

Mas permaneça real e dentro de sete dias uma nova vida será sentida dentro de você. As camadas mortas serão partidas e uma nova corrente viva chegará até você. Você se sentirá
novamente vivo pela primeira vez — uma ressurreição.

Faça tudo que você gosta de fazer, mas pense — você está realmente fazendo isso, ou é sua mãe ou seu pai fazendo-o através de você? Porque homens mortos, pais mortos, sociedades, velhas gerações que já se foram há muito tempo
ainda estão funcionando dentro de você. Eles criaram tantos condicionamentos que você continua satisfazendo-os — e eles estiveram satisfazendo seus pais e mães mortos, e você está satisfazendo seus pais e mães mortos, e ninguém está satisfeito.

Observe sempre quando você faz algo, se seu pai está fazendo-o através de você
ou você mesmo está fazendo-o. Quando você fica zangado, é sua raiva ou é a maneira que seu pai costumava ficar zangado? Você está só imitando.

Tenho visto
padrões sendo continuamente repetidos. Se você se casar, seu casamento vai ser aproximadamente o mesmo do seu pai e da sua mãe. Você irá agir como seu pai, sua esposa irá agir como a mãe dela e vocês estarão criando a mesma confusão de novo.

Quando você ficar zangado, observe:
você está lá ou é outra pessoa? Quando você amar, lembre-se, você está lá ou é outra pessoa? Quando você falar, lembre-se, você está falando ou o seu professor?

Abandone todas as falsidades. Você pode sentir uma certa tristeza por algum tempo porque todas as suas falsidades serão abandonadas e o verdadeiro levará um tempo pra chegar e se estabelecer. Haverá um intervalo de tempo. Permita esse período e
não tenha receio, não fique assustado.

Cedo ou tarde seus
falsos eus desaparecerão, suas máscaras desaparecerão, e sua face real se tornará o seu ser.

Osho, em "The Book of Secrets"

 

 

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Milagres - I

 

"Milagres ocorrem naturalmente como expressões de amor. O amor que os inspira é o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, é um milagre."

"Um milagre é um serviço. É o serviço máximo que podes prestar a um outro. É uma forma de amar o teu próximo como a ti mesmo. Reconheces o teu próprio valor e o do teu próximo simultaneamente."

Do Capítulo 1, I-3 e I-18, do UCEM
Aqui: http://www.htportugal.com
 
 

 

sexta-feira, dezembro 04, 2009

OU DEUS OU O EGO

"Ou Deus é insano ou o ego é insano. Se examinares a evidência dos dois lados de maneira justa, reconhecerás que isso tem que ser verdadeiro. Nem Deus nem o ego propõem um sistema de pensamento parcial. Cada um é internamente consistente, mas ambos são diametralmente opostos em todos os aspectos, de forma que uma fidelidade parcial é impossível. Lembra-te, também, que os seus resultados são tão diferentes quanto os seus fundamentos e que as suas naturezas fundamentalmente irreconciliáveis não podem ser reconciliadas por hesitações entre um e outro. Nada que vive deixa de ter um pai, pois a vida é criação. Portanto, a tua decisão é sempre uma resposta para a questão: "Quem é o meu pai?" E serás fiel ao pai que escolheres."

versículo 1 da introdução do capítulo 11 do livro UCEM

segunda-feira, novembro 30, 2009

A ditadura das minorias... - em resposta

"Atenção! Olhem à volta!
A família está em fase de desfragmentação.
A Europa tem vergonha da sua génese judaico-cristã.
Por todo o lado a “liberdade” das minorias, defendida pelos tecnocratas, sobrepõe-se à vontade das maiorias que se vêm amordaçadas por determinações administrativas várias.
Os valores da ética e da moral estão a ser despedaçados.
Cada vez há mais falta de compromissos de VIDA… sã e de bons costumes…"
veio daqui http://padre-inquieto.blogspot.com/

 

 

A minha resposta:

 

Atenção!!!

 

Os padres, bispos e papas, são uma minoria no mundo e no entanto mandam e controlam que se fartam.

 

Este é um bom ponto de partida.

 

Como pode um padre dizer que a família está em fase de desfragmentação, quando eles não podem constituir família, então a família cristã do crescei e multiplicai-vos, não se aplica a eles? Ah, pois, eles são os “escolhidos” de Deus, os outros são acasos de Deus, estou sempre a esquecer este pormenor.

 

A Europa não tem vergonha da sua génese judaico-cristão, por que essa não é a sua génese, a sua génese até já foi mulçulmana, pagã, bárbara. Então não falemos em génese da Europa, mas falemos nas pessoas que vivem, trabalham, entre outras coisas que fazem no espaço chamado Europa.

 

Eu até entendo o quarto parágrafo, visto que a igreja que diz católica (universal) nunca o foi, por nunca integrou a minorias, como até as esmagou nas suas guerras santas contra os infiéis ao papa.

 

A ética e a moral, deve ser a ética e a moral da cristandade que continua por aí em guerra santa mas desta vez sem a espada e a guilhotina, mas que mata a voz e a vez de todos os que falam na construção de uma outra Igreja, esta realmente universal, ainda bem que não vamos por essa ética e moral da cristandade.

 

Compromissos de VIDA? Não deve saber o que está a dizer, ainda por cima, sã e de bons costumes, quais bons costumes? A vida sã e os bons costumes dos padres irlandeses? Pois só falta descobrir quantas vítimas houve e continua a haver em Portugal de padres com a sexualidade reprimida, que olham para as crianças como alvos fáceis das suas mentes doentes e podres, que gostam muito de dizer as palavras de Jesus “Deixai vir a mim as criancinhas”.

 

sexta-feira, novembro 27, 2009

O deus da doença

"Acreditar que um Filho de Deus pode estar doente é acreditar que parte de Deus pode sofrer. O amor não pode sofrer porque não pode atacar. A lembrança do amor, portanto, traz consigo a invulnerabilidade. Não fiques do lado da doença na presença de um Filho de Deus, mesmo que ele acredite nela, pois a tua aceitação de Deus nele reconhece o Amor de Deus que ele esqueceu. O teu reconhecimento dele como parte de Deus lembra-lhe a verdade a respeito de si próprio, que ele está negando. Queres tu reforçar a sua negação de Deus e assim perder a ti mesmo de vista? Ou queres lembrá-lo da sua integridade e junto com ele lembrar do teu Criador?
 
Acreditar que um Filho de Deus está doente é idolatrar o mesmo ídolo que ele idolatra. Deus criou o amor, não a idolatria. Todas as formas de idolatria são caricaturas da criação, ensinadas por mentes doentes por demais divididas para conhecer que a criação compartilha o poder e nunca o usurpa. A doença é idolatria, porque é a crença em que o poder pode ser tirado de ti. No entanto, isso é impossível, porque tu és parte de Deus, Que é todo o poder. Um deus doente não pode deixar de ser um ídolo, feito à imagem do que o seu autor pensa que ele é. E é exactamente isso o que o ego percebe num Filho de Deus: um deus doente, autocriado, auto-suficiente, muito perverso e muito vulnerável. É esse o ídolo que queres idolatrar?  É essa a imagem que queres salvar com a tua vigilância? Estás realmente com medo de perder isso?"
 
Capítulo 10, III, parágrafos 3 e 4 do UCEM

segunda-feira, novembro 23, 2009

Tentar/Querer Ser

 

Tenho ouvido, aqui e acolá, pessoas que a respeito de mudanças na sua própria vida, tanto ao nível espiritual como ao nível dos seus relacionamentos, dizerem quem estão/vão "tentar" e/ou que "querem" mudar, mas para desespero pessoal consideram-se longe desses ideais que outros lhes dizem que são os ideais a atingir.

 

Ultimamente, também tenho ouvido falar em avatares (Avatar vem do sânscrito Avatāra, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra.), pessoas que pela sua vida vivida são consideradas como os expoentes máximos da humanidade, verdadeiros exemplos a seguir, isto sempre em considerações externas a esses mesmos avatares que eu acredito que eles/elas próprios/as assim não se consideram. Mas um americano (sempre, um americano) lá uma arranjou uma métrica ou escala para avaliar e medir a vibração das pessoas, como se toda a Vida não fosse uma vibração, e diz ele, que não se considera um avatar, que há pessoas que são avatares. Parabéns, mais uma vez, conseguiu minar as relações humanas, agora eu tenho que olhar para o considerado avatar como uma pessoa superior a mim, que está mais perto do céu que eu, que vai ser vencedor da corrida e eu não. Mas como podemos ver através da definição de avatar e à luz das novas espiritualidades, todos nós somos avatares, todos somos “aquele que descende de Deus”.

 

Isto para dizer, e juntando a questão do "tentar" e "querer" com a questão dos avatares, que é uma inumanidade forçar as pessoas (eu incluído) a "elevarem-se" a esses considerados "estados elevados de consciência" dos ditos avatares, o stress que se incute nas pessoas para que elas saiam do seu "estado de inconsciência", que é uma forma suave de nos chamarem inconscientes como se eles não fossem inconscientes também, cegos que guiam outros cegos, e quando elas são pressionadas pelos seus "mestres" (mais uma vez, quem é que inventou a escala de proximidade com o céu?), as pessoas stressadas arranjam a desculpa de que estão a "tentar" e dizem que os progressos são "mínimos", claro baseados na escala do "mestre" ou na escala de "avatar". Portanto saímos da reunião com os chamados mestres, pior do que entramos, e essa “fraqueza” é aproveitada de forma económica (de uma forma ou de outra) pelos referidos “mestres”.

 

Se a escolha é ser avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.

Se a escolha é não ser um avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.

 

Eu sou um avatar. Provem que eu não sou.

 

Escolham e afirmem o que escolheram.

 

 

sexta-feira, novembro 20, 2009

"O homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher"

«3 A frase é esta: "Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne" (cf. Génesis 2, 24). O escriba ou os escribas que compuseram este mítico relato das origens do Povo Hebreu nunca sonharam a nefasta influência que esse seu relato mítico, em grande parte, copiado dos relatos míticos dos outros povos mais desenvolvidos em redor, viria a causar, pelos séculos fora, até ao século XXI, que é agora o nosso. Viviam no palácio real, comiam à mesa do rei, recebiam dele mordomias, tinham inevitavelmente que escrever de acordo com as ordens, as ambições de domínio da casa real que lhes pagava para isso, de modo que, assim, até os crimes que viessem a ser cometidos por essa casa real contra as outras tribos hebreias e contra os povos em redor, olhados, desde logo, como inimigos dos Hebreus, estavam, à partida, justificados e até abençoados. Afinal, era Deus que assim queria. Era Deus que assim mandava. Só que semelhante Deus não passa de um Ídolo. Como é sempre um Ídolo, todo o Deus que está da banda do Poder, a justificá-lo e abençoá-lo.
...
5 Aquela frase não fundou o casamento, como mentirosamente ensinam ainda hoje as cúpulas das Igrejas e as suas catequeses paroquiais, inclusive, as suas Faculdades de Teologia. (Já reparamos que das cúpulas das Igrejas, como das cúpulas do Poder Político e do Poder Financeiro, só vêm desgraças, mentira e crime, por outras palavras, elas existem só para roubar, matar e destruir os seres humanos e os povos?!). Muito menos, aquela frase fundou o casamento monogâmico. Muito menos ainda, ela fundou o casamento de um homem com uma mulher. Nunca esteve nas intenções da casa real de David /Salomão semelhante intenção /preocupação (basta dizer que a própria Bíblia regista que Salomão "amou muitas mulheres estrangeiras e moabitas, amonitas, edomitas, sidónias e hititas [...]. Teve setecentas esposas de sangue nobre e trezentas concubinas", cf. 1Reis, 11, 1-3)). Nem nunca esteve nas intenções /preocupações dos escribas que executaram as ordens que a mesma casa real lhes deu. O grande objectivo do relato mítico das origens era reforçar o Poder da casa real sobre as demais casas hebreias, um domínio cada vez mais absoluto. E, posteriormente, sobre os outros povos em redor, até que fosse criado o grande Império Judeu, com o Deus de David a presidir /reinar! Um Deus que só podia ser, só pode ser, o Ídolo dos ídolos.
 
6 Reparemos que a referida frase coloca o assento tónico, a iniciativa, no "homem", não na "mulher". Diz: "Deixará o homem, o pai e a mãe, para se unir à sua mulher e os dois serão uma só carne". O Poder é macho, sempre será macho, mesmo que seja exercido por mulheres. Só a Política é feminina. O Poder, todo o Poder, é macho. Está aí para dominar, oprimir, esmagar, reprimir, roubar, explorar, infantilizar e, finalmente, matar. Nunca os seres humanos e os povos do Planeta o seremos verdadeiramente, enquanto houver Poder. O Poder é o Inimigo do Humano. Só a Política Praticada é amiga do Humano. Faz o Humano ser /crescer, até tornar-se autónomo, livre, responsável por si e pelos demais e pelo Planeta. Este é o objectivo de Deus Criador. Não é o objectivo do Ídolo. O objectivo do Ídolo é descriar o Humano, para ser ele, o Poder, a reinar. Enquanto Deus Criador do que gosta é de Política Praticada pelos seres humanos e pelos povos, o Ídolo que se faz passar por Deus, do que gosta é do Poder Político.»
 
do capítulo 26 do "Livro da Sabedoria" do Mário de Oliveira
 

segunda-feira, novembro 16, 2009

Comentário ao um padre que se questiona.

“Senhor, quando deixarei de ser teu funcionário, para ser apenas Tu em mim e eu em Ti?” - questão do padre católico.

 

Esta frase prendeu a minha atenção, eu que há 25 anos atrás pensava em ir para padre, mas a vida levou-me a ser irmão em vez de padre (pai), pois os pais só servem quando o outro ainda é menor de idade ou menor em entendimento, e isto num determinado período da vida; agora irmão é tratar os outros seres humanos como iguais, é não tentar ser maior que os outros nem melhor, é olhá-los ao mesmo nível.

 

Jesus jamais poderia ser padre, e muito, os apóstolos e os discípulos, lhe pediram para ser um pai para eles, e Jesus sempre recusou, e reafirmava a sua irmandade com todos.

 

Deixa a função (funcionário) de padre, e sê, pura e simplesmente, irmão como Jesus o foi para com todos que com ele conviveram.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Amar ou não amar, eis a questão.

 

Continuamos a perguntar-nos, se amamos ou não aquele/aquela outro/outra.

 

Se aceitarmos que, inevitavelmente, amamos todos os seres humanos e todas as coisas visíveis e invisíveis. Nunca se nos colocaria essa questão de, amamos ou não amamos.

 

A escolha seria entre as várias formas de amor, e colocaríamos apenas a questão, de que forma vou amar aquela pessoa.

 

Podemos então amar aquela pessoa, pensando que estamos a odiá-la, então estamos perante a ilusão do ódio, mas só o amor é real.

 

Podemos então amar uma outra pessoa, pensando que precisamos dela para a nossa felicidade, e estamos perante a ilusão da necessidade de ser feliz, mas só o amor é real.

 

Podemos então amar aquela pessoa especial, pensando que não haveria outra pessoa no mundo com quem nos déssemos melhor, e estamos perante a ilusão do especialismo, mas só o amor é real.

 

Amem, pois já são amados de muitas formas.

 

 

sexta-feira, novembro 06, 2009

O que eu ouvi ontem: A aceitação do teu irmão

"Tu ainda não despertaste, mas podes aprender como despertar. Muito simplesmente, o Espírito Santo te ensina a despertar os outros. À medida em que tu os vês despertos, vais aprender o que significa o despertar e porque escolheste despertá-los, a sua gratidão e a sua apreciação do que tu lhes deste vão ensinar-te o valor do despertar. Eles virão a ser as testemunhas da tua realidade, como vós fostes criados como testemunhas da realidade de Deus. No entanto, quando a Filiação se reúne e aceita a própria unicidade, ela será conhecida pelas suas criações, que testemunham a realidade dela assim como o Filho faz com o Pai."
 
Do livro "Um Curso Em Milagres"

segunda-feira, novembro 02, 2009

Mestre de filosofia

"

Herman José – A propósito de metafísica, ofereceram-me um livro, que de uma forma bem menos metafísica do que o professor defende, atribui a autoria de alguns poemas a si próprio, portanto a editora garante que é o Agostinho da Silva que escreveu. E a propósito de gatos, que também tenho gatos, e acho um animal surpreendente, eu fui rebuscar e não é nada original que a Alice Cruz já fez isto, foi buscar poesias suas, mas fui rebuscar umas poesias, algumas delas engraçadíssimas e desconcertantes de tão singelas, esta por exemplo tem que ver com gatos e diz só assim: Mestre de filosofia, com mais saber e engenho, o meu gato mia. Que é que isto quer dizer?

 

Agostinho da Silva – Quer dizer que o gato é um animal que está naturalmente na vida, e se cumpre gato, e dá imediatamente em si com o tempo a ideia fundamental que parece ser, vê lá tu que não é de gato mas uma coisa diferente, vê lá tu se te cumpres. Então a filosofia fundamental do gato, parece ser para toda a gente o de se cumprir, não é de cumprir só, que essa por exemplo é a filosofia do militar, é de cumprir-se, não se trata portanto de alguma coisa imposta de fora, mas daquilo que veio com a pessoa que é a própria pessoa , em que ela se trata fundamentalmente de se cumprir."

 

Entrevista do prof. Agostinho da Silva a Herman José.

terça-feira, outubro 27, 2009

Agostinho da Silva - Homem de fé?

"Herman José – Mas o professor tem fé?

 

Agostinho da Silva – Eu suponho que sou uma pessoa de convicção, se a convicção é a mesma coisa que a fé, coisa discutível, a convicção é uma coisa que a pessoa traz ou sente, que traz de dentro, como se fizesse bem parte dele, e que não há maneira de evitar, o convicto não evita, quanto à fé é outra coisa, é em geral aquilo em que se acredita, ou que se convence a pessoa de que existe sem ter nenhuma matemática pelo meio, sem haver nenhuma equação que o prove, então a pessoa tem fé."

 

Entrevista do professor Agostinho da Silva a Herman José

http://www.youtube.com/watch?v=rw5ghtXHgbg

 

quarta-feira, outubro 21, 2009

Os indispensáveis

A sociedade portuguesa já tem uma lista de "indispensáveis" e que fica em 5% da população, e que vão receber a vacina da gripe A.
 
Parabéns.
 
Então os outros que integram os 95%, podem morrer à vontade.
 
É uma boa medida de controlo da população mundial, assim vai-se produzir menos CO2 e metano.
 
Ainda estou para ver, que esta coisa da vacina não é uma forma de "se ainda não está infectado, agora vais ficar mesmo infectado" para se poder comprar mais Tamiflu e Relenza, que veêm da fábrica do senhor Rumsfeld.
 
Parabéns, estamos a ajudar os EUA a ultrapassar a sua crise financeira com esta suposta pandemia histérica que grassa pelo mundo fora.
 
Ainda bem que eu não sou indispensável, assim não sou obrigado, pelos visto vão mesmo obrigar a tomar a vacina.
 
Até já.
 

sexta-feira, outubro 16, 2009

Há perdoar e há esquecer

Eu perdoo mas não esqueço.

 

Não esqueço por que tenho memória. Não quero esquecer a que levou àquela situação. Não esqueço os actos que foram cometidos. Não esqueço o rosto irado e enraivecido. Não esqueço nenhum pormenor. Não esqueço para que possa ver a situação com distanciamento, por que senão estiver atento à envolvência da situação, ela se irá repetir e repetir-se-á, para a próxima irei estar preparado, tal como o médico faz o diagnóstico a um paciente, e isto é sabedoria.

 

Finalmente, perdoo o outro com todo o meu coração, mas para isso lembro-me que a Vida é um jogo e não se pode levá-la demasiado a sério, só ego é que leva a Vida demasiado a sério, por isso é que ele se ofende tanto com os outros egos, quando entendermos isto, é muito mais fácil perdoar, e perdoando a outro, estamos a perdoar a nós mesmos.

 

 

terça-feira, outubro 13, 2009

Presos como o elefante

 
Tenho andado a matutar na história do elefante do circo, ele foi capturado e levado para exibições no circo quando era muito pequeno. Os homens do circo prenderam-no através de uma corda presa a uma estaca e depois à pata do pequeno elefante.
 
Obviamente, o pequeno tentou escapar puxando a corda com a pata, mas como era fraco não conseguiu e desistiu.
 
Mas o elefante foi crescendo, tornando-se mais forte, até atingir o peso e a altura de um elefante adulto, mesmo assim nunca mais tentou escapar, apesar de agora podê-lo fazê-lo facilmente.
 
Assim vejo muitos de nós que continuamos agarrados às nossa fraquezas de antigamente, sem nunca termos tentado escapar dos enredos e teias que tecemos e nos teceram, e isto apesar da nossa força e capacidade de nos movimentar livremente.
 
Portanto, vamos tentar mais uma vez escapar daquilo que nos prende, que afinal as algemas não são assim tão fortes.
 
Um até já.

terça-feira, outubro 06, 2009

Sabedoria

"O pior que pode acontecer à Sabedoria é cair nas mãos dos sabedores /doutores. Reduzem-na logo a Saber. No pior dos casos, a mero conceito. No menos pior dos casos, a mera doutrina. A mera filosofia que explica o Mundo, mas nunca transforma o Mundo. A mera economia que produz riqueza, mas nunca distribui a riqueza produzida segundo as necessidades de cada qual. A mera literatura que fabrica universos que não existem realmente, enquanto deixa completamente no esquecimento ou à margem os universos concretos que realmente existem e carecem de ser maiêutica e politicamente  acompanhados. A mera retórica que discursa, discursa, discursa, mas nunca mexe um dedo para mudar a realidade; nunca chega a ser profecia; muito menos chega a ser Prática Política Maiêutica e Duelo Teológico que desmascara e desacredita a Idolatria Organizada."
 
do Padre Mário de Oliveira
Livro da Sabedoria
 
 

segunda-feira, setembro 21, 2009

Silêncio por Raul Solnado

«Encontrei Raul Solnado apenas uma vez. Num casamento. Surpreendeu-me a imagem que me ficou: a de um homem reflexivo. Não professava nenhuma religião. Por isso, não teve funeral religioso. Mas deixou um pequeno escrito, com uma experiência, no silêncio, na Expo, em Lisboa, em 2007.

"Numa das vezes que fui à Expo, em Lisboa, descobri, estranhamente, uma pequena sala completamente despojada, apenas com meia dúzia de bancos corridos. Nada mais tinha. Não existia ali qualquer sinal religioso e por essa razão pensei que aquele espaço se tratava de um templo grandioso. Quase como um espanto, senti uma sensação que nunca sentira antes e, de repente, uma vontade de rezar não sei a quem ou a quê. Sentei-me num daqueles bancos, fechei os olhos, apertei as mãos, entrelacei os dedos e comecei a sentir uma emoção rara, um silêncio absoluto. Tudo o que pensava só poderia ser trazido por um Deus que ali deveria viver e que me envolvia no meu corpo amolecido. O meu pensamento aquietou-se naquele pasmo deslumbrante, naquela serenidade, naquela paz. Quando os meus olhos se abriram, aquele Deus tinha desaparecido em qualquer canto que só Ele conhece, um canto que nunca ninguém conheceu e quando saí daquela porta, corri para a beira do rio para dar um grito de gratidão à minha alma, e sorri para o Universo. Aquela vírgula de tempo foi o mais belo minuto de silêncio que iluminou a minha vida e fez com que eu me reencontrasse. Resta-me a esperança de que, num tempo que seja breve, me volte a acontecer. Que esse meu Deus assim queira."»

por Anselmo Borges, 19 Setembro 2009
Aqui

quarta-feira, setembro 16, 2009

Acto sexual

"Imensos moralistas se pronunciaram acerca do acto sexual para o
condenar! Mas, na realidade, o acto, em si, não é bom nem mau;
só a intenção que nele se põe, a maneira de o viver, o torna
criminoso ou santo.
Se um ser não trabalhou sobre si mesmo, se ele tem intenções
egoístas ou desonestas, mesmo que decida tornar esse acto
legítimo casando, talvez seja aprovado e aplaudido, a sua
família far-lhe-á uma festa, a conservatória e a Igreja
dar-lhe-ão, uma, o direito, a outra, a bênção, mas a Natureza
condená-lo-á, pois o que vai ele comunicar à sua mulher (ou a
mulher ao seu marido)? Doenças, vícios, influências nocivas,
nada mais. Portanto, mesmo que o mundo inteiro aprove o acto, as
leis da Natureza viva pronunciar-se-ão contra ele. E,
inversamente: alguns poderão reprovar-vos por terdes relações
sexuais com uma mulher ou um homem com quem não estais
oficialmente casados, mas, se derramastes o Céu na alma desse
ser, se, graças ao vosso amor, ele se eleva, se enobrece, se
embeleza, o Céu, lá no Alto, ficará maravilhado e conceder-vos-á
as suas bênçãos."

As Edições Prosveta

 

sexta-feira, setembro 11, 2009

A Raiva, Medo, Ataque

"A relação da raiva como ataque é óbvia, mas a relação da raiva com o medo nem sempre é tão evidente. A raiva sempre envolve a projecção da separação, que deve ser, em última instância, aceite como responsabilidade da própria pessoa em vez de ser imputa­da aos outros. A raiva não pode ocorrer a menos que acredites que foste atacado, que o teu ataque por sua vez é justificado e tu não és de forma alguma responsável por ele. Dadas essas três premissas totalmente irracionais, não se pode deixar de chegar à conclusão igualmente irracional de que um irmão merece ser ata­cado ao invés de amado. O que se pode esperar de premissas insanas excepto uma conclusão insana? O modo de desfazer uma conclusão insana é considerar a sanidade das premissas em que se baseia. Tu não podes ser atacado, o ataque não tem justificativa e tu és responsável por aquilo em que acreditas."
 
 
UCEM
Passem por aqui htportugal
 

segunda-feira, setembro 07, 2009

Ser referência para liderar

"Como conseguir ter pessoas e equipas motivadas, diariamente empenhadas e entusiásticas, assumindo como seus os desafios das suas equipas e empresas?
 
Uns referem a importância do feedback, dos objectivos ambiciosos, das pessoas certas nos lugares certos. Outros apontam a necessidade de quem lidera ser um exemplo e uma referência, vendo a sua autoridade reconhecida mais que imposta. Alguns dizem que é fundamental gerir de modo adequado as expectativas daqueles que dirigem. Muitos defendem que sem prémios financeiros nada feito, que sem colocar os colaboradores a correr atrás da "cenoura" representada pelos bónus e pelas promoções, dificilmente se consegue mobilizar a motivação de quem quer que seja.

Todos têm em parte razão, mas nenhuma destas opiniões representa, só por si, a solução verdadeiramente eficaz. Trata-se afinal de seguir um caminho. Desenvolver um processo. Definindo, antes do mais, o que pretendemos alcançar e como consegui-lo. Clarificando depois quais os valores e princípios, que regras de vida colectiva irão enquadrar o trabalho a desenvolver. Em seguida, procurando ganhar o compromisso daqueles que dirigimos para que contribuam para um todo maior que a soma das partes. Observar e ajudar a reflectir sobre os resultados entretanto alcançados, acompanhando e apoiando cada membro da equipa, registando as respectivas atitudes e comportamentos. Controlando a par e passo a sua execução e respectivos ganhos de eficácia, questionando, ouvindo, dando feedback. Gerindo as consequências dos actos de cada um, tanto os que fazem bem como, principalmente, os que não cumprem como desejado, avaliando com justiça o seu desempenho.

Sem ambiguidades nem hesitações de qualquer espécie, todos precisam de perceber que ou mudam de atitudes e comportamentos ao serviço da equipa, ou alguém os muda. Por fim, talvez o maior dos desafios para quem dirige pessoas e equipas. Ser um modelo e uma referência. Aparentemente simples. Bastante eficaz. Mas, atenção! Fácil de dizer, difícil de fazer"
 
por Jorge Araújo no Jornal Oje
 
 

quarta-feira, setembro 02, 2009

Preto e branco

«A situação que se segue aconteceu num vôo da British Airways, entre Joanesburgo (África do Sul) e Londres.
 
Uma mulher (branca), de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar em classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
 
Visivelmente perturbada, chamou a hospedeira de bordo.
 
-'Algum  problema,minha senhora?' - perguntou a hospedeira.

 -'Não vê?' - respondeu a senhora -'Vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Tem de me arranjar outro lugar.'
 
-'Por favor, acalme-se!'- disse a hospedeira -'Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
 
A hospedeira afasta-se e volta alguns minutos depois.
 
- Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre em classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que temos apenas um lugar em primeira classe'.
 
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a hospedeira continua:
 
- Veja, não é comum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica se sente na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.
 
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
 
- Portanto, senhor, caso queira, por favor pegue na sua bagagem de mão, pois reservamos para si um lugar em primeira classe...'
 
Todos os passageiros que, estupefactos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.»
 

 

 "O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS. É O SILÊNCIO DOS BONS..."
 
               MARTIN LUTHER KING

quarta-feira, agosto 26, 2009

QUEM REALMENTE TU ÉS

«És bondade, misericórdia, piedade e compreensão.

És paz, alegria e luz.

És perdão, paciência, força e coragem, estás pronto(a) a ajudar em tempo de necessidade, a consolar em tempo de mágoa, a ensinar em tempo de tumulto.

És a sabedoria mais profunda e a verdade mais sublime; a paz mais suprema e o amor mais grandioso.

És essas coisas.

E houve momentos na tua vida em que te conheceste como tal. Decide agora conhecer-te sempre assim...»

 

Neale Donald Walsch

segunda-feira, agosto 17, 2009

A pequena alma chamada de Carolina nasceu no dia 9 de Agosto de 2009

"Era uma vez, em tempo nenhum, uma

Pequena Alma que disse a Deus:

- Eu sei quem sou!
E Deus disse: - Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz
E Deus sorriu. - É isso mesmo! - Exclamou Deus. - Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.
- Uauu, isto é mesmo bom! - Disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?
E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa...
O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria não seria o Sol sem vocês. "Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão".
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.
Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.
Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus-quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.
"Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!"
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que "especial" não quer dizer "melhor"! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma - Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada "perdão". Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exacta e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a "má" desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não-muito-boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma. - O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - Interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - Interrompeu a Pequena Alma - Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei-de esquecer! - Gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - Prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.
E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que deus lhe tinha dito.

Lembra-te sempre - Deus aqui tinha sorrido!

 Não te enviei senão anjos”"

 

Do livro "A Pequena Alma e o Sol"

Do Neale Donald Walsch

segunda-feira, agosto 03, 2009

Pandemia.... de lucro!

"No planeta, todos os anos morrem dois milhões de pessoas vítimas da malária, que poderia ser prevenida com um simples mosquiteiro. E a comunicação social não diz nada.
No mundo, todos os anos dois milhões de meninos e meninas morrem de diarreia que poderia ser tratada com um soro oral de 25 centavos. E a comunicação social não diz nada.
Sarampo, pneumonia, doenças curáveis com vacinas baratas, causam a morte de dez milhões de pessoas no mundo todos os anos. E essas notícias não são divulgadas.
Mas há alguns anos atrás, quando a gripe aviaria surgiu, inundaram o mundo de notícias, sinais de alarme…
Uma epidemia, a mais perigosa de todas! Uma pandemia! Só ouvia da terrível doença das galinhas.
Porém, o influenza causou a morte de 250 pessoas em todo o mundo. 250 mortos durante 10 anos, para o qual dá uma média de 25 vítimas/ano.
A gripe comum mata meio milhão de pessoas todos os anos no mundo. Meio milhão contra 25.
Um momento. Então, por quê se armou tanto escândalo com a gripe aviaria?
Simples. Porque atrás dessas galinhas havia um "galo", um galo de espora grande.
O Laboratório farmacêutico Roche com o seu já famoso Tamiflú, vendendo milhões de doses aos países asiáticos.
Embora o Tamiflú é de efectividade duvidosa, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a população deles.
Com a gripe aviaria, Roche e Relenza, as duas grandes companhias farmacêuticas que vendem esses antivirais, obtiveram milhões de dólares de ganância.
Antes com as galinhas e agora com os porcos. Sim, agora a psicose começou com a gripe suína. E os jornalistas do mundo só falam disto.
Eu desejo saber: se atrás das galinhas havia um "galo", atrás desses porcos não haverá um "grande porco"?
Porque indubitavelmente são as multinacionais poderosas que vendem os remédios supostamente milagrosos.
E novamente a "bola da vez" é o "milagroso" Tamiflú? Quanto custa? 50 dólares a caixa!
50 dólares uma caixa de pastilhas? Que grande negócio!
A companhia norte americana Gilead patenteou o Tamiflú. O maior accionista desta companhia é um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, o secretário de defesa de George Bush, "descobridor" das armas químicas que ocasionou a guerra contra o Iraque.
Os accionistas dos grupos Roche e Relenza estão a dar as mãos, felizes com as vendas milionárias do duvidoso Tamiflú.
A verdadeira pandemia é o lucro, a enorme ganância destes mercenários da saúde.
Se a gripe suína é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação, se para a Organização Mundial da Saúde (OMS) ela preocupa tanto, porque não declara isto como um problema de saúde pública mundial e autoriza a fabricação de medicamentos genéricos para a combater?"

http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/jornalismocidadao.aspx?content_id=1320510

segunda-feira, julho 20, 2009

Resposta ao Anónimo do Sábado, 18 Julho, 2009

Anónimo do Sábado, 18 Julho, 2009 disse...

“Com certeza, como grande parte do clero, você é apenas mais um que não entendeu a o texto pontifício.”

 

Olá Anónimo,

 

Eu entendi o que o papa (o Joseph Ratzinger) escreveu, a sabedoria popular é quem o diz, "faz o que eu te digo, não faças o que eu faço", esta é mensagem do Joseph.

 

Como pode um homem que se vê,

Com poder absoluto,

Com poder discriminatório,

Com poder de mandar excomungar alguém da igreja que se diz católica (universal),

Com poder sobre todos os que se põem debaixo dos seus pés na pirâmide do catolicismo,

Que não se vê como igual a todos os outros seres humanos, julga-se “o” escolhido de Deus,

Que julga e condena outros seres humanos, em vez de acolhê-los,

Que vive preso e condicionado pela Cúria Romana,

Que nunca esteve com os mais pobres dos pobres, pois poderia sujar as suas vestes magnificas,

Que se vê e gosta de ser chamado de Sumo Pontífice, coisa que Jesus nunca fez,

Que se vê como infalível, nem Jesus chegou a esse primor,

Que se pensa mandatado por Jesus para exercer o poder monárquico, coisa que Jesus nunca fez,

Que vive no fausto e no luxo, na bajulação e na adoração, coisa que Jesus nunca fez,

Que pensa que as pessoas amam a sua pessoa, mas elas apenas têm respeito pelo posto que ele ocupa e nada mais, é apenas uma falsidade, um engano, cego a guiar outro cego,

 

Escrever sobre a Verdade e a Caridade?

 

Se acreditasse nas palavras que escreveu, e verdadeiramente se comprometesse com elas, então na mesma hora, desistia de ser papa, de ser bispo, de ser cardeal, de ser padre, e passava a ser “ser humano” até às últimas consequências, igual entre iguais, irmão entre irmãos, nunca ser superior, nem ser inferior, olhava para todos os seres humanos e via a irmandade humana, e só a partir daí é que se construiria uma verdadeira sociedade humana, a verdadeira ecclesia.

 

Mas isto não aconteceu, por isso, esta encíclica não passa de um embuste, e o Joseph é um embusteiro, que engana as pessoas de boa-fé, e de bom coração e que sentem a necessidade de ter um líder e de jogar o jogo do “siga o líder”, visto esta ser uma maneira de não se responsabilizar pelo rumo da sua vida, vivendo de uma forma amorfa e cega, sem pensar e decidir muito, sempre necessitada de orientação, pelos vistos o Joseph gosta deste tipo de pessoas, por que será?

 

Palavras, leva-as o vento diz o povo sábio, assim é como as minhas palavras, a não ser que alguém as apanhe e as faça suas.

 

Assim seja.

 

 

sexta-feira, julho 17, 2009

"Preciso de uma oportunidade"

 
Aos 30 anos e com três filhos para criar, Alda Susana Nunes está desesperada. Desde os 15 anos - altura em que a mãe foi presa e teve de tomar conta de si e de uma prima de cinco anos - que a vida é uma luta. Sem oportunidades.

"Parece que a minha sorte nunca muda. Estou a perder a esperança", conta esta mãe, residente em Rio Tinto, que sofre de uma depressão e já fez uma tentativa de suicídio.

Alda é um rosto da pobreza transgeracional, um padrão que as estatísticas demonstram ser difícil de romper. Eram oito filhos de um casal divorciado. Viviam com a mãe, o pai estava em Lisboa e nunca faltou com a pensão de alimentos. Quanto a mãe foi presa, foram os 12 contos que o pai lhe enviava que lhe permitiram sobreviver e mandar a prima para a escola.

"Queria ter uma família. Isso sempre foi o mais importante para mim", conta Alda, que começou a viver com o ex-marido aos 17 anos e teve o primeiro filho, João, um ano depois. Igor chegou quando ela tinha 21.

O marido, ciumento, não queria que ela trabalhasse. Agora, percebe que era uma forma de a manter cativa e dependente de uma relação marcada pela violência conjugal. Foram nove anos de maus-tratos agravados pelo alcoolismo do marido. Separaram-se e ele desapareceu da vida dos filhos.

O segundo companheiro e pai da Susana, de três anos, trocou a droga pelo álcool e revelou-se particularmente violento. Deixou-o antes de a menina nascer e, quando a situação atingiu o intolerável, Alda fez queixa por violência conjugal. Está a cumprir uma pena de prisão de dois anos e dois meses.

Desde Novembro que frequenta uma formação de apoio à comunidade e família, com equivalência ao 9.º ano, mas as faltas que já deu para tratar dos filhos colocam em risco a continuidade do curso. "Tenho muita pena se não continuar, porque gostava muito de trabalhar nessa área", diz Alda.

Com cinco meses de aluguer em atraso, sobre ela pende também a ameaça de despejo. A casa onde residem, em Rio Tinto, também está ameaçada. "O que mais preciso é de uma casa. Ainda agora fui à Câmara de Gondomar para ver se consigo uma casa, mas disseram-me para esperar."

"Não tenho medo de trabalhar. Já fui empregada de limpeza e de balcão, operadora de caixa, já trabalhei numa cozinha, já fiz muitas coisas e sinto-me com saúde para trabalhar", diz Alda. "Preciso de uma oportunidade", assim resume a sensação de impotência que tem perante a vida.

Sem apoio dos pais dos filhos ou dos seus irmãos, muitos são os meses em que o dinheiro não estica e tem de comprar fiado a comida. Para Alda, os filhos "estão sempre em primeiro lugar." A alimentação e a escola deles é o que mais me preocupa. Eu arranjo-me como posso."

 

Retirado do Jornal de Notícias online do dia 16 de Julho de 2009

 

quarta-feira, julho 15, 2009

Gripe A, métodos naturais

Vitamina A

A sua deficiência provoca uma redução no número de linfócitos, aumentando a probabilidade de infecções bacterianas, virais ou parasitárias.

As principais fontes: cenoura, abóbora, fígado, batata-doce, damasco seco, brócolos e melão.

Vitamina C

Aumenta a produção de leucócitos, células de defesa que estimulam a resistência.

Encontrada na acerola, frutas cítricas (limão, laranja, lima), kiwi, caju, morango, tomate, vegetais folhosos crus, repolho e pimentão verde.

Caminhe pelo menos 30 minutos diariamente.

Evite fast-food.

Beba um mínimo de 2 litros de água diariamente.

Agora algo importante, pode não parecer mas é verdade e cientificamente comprovado :

Stress faz mal à saúde e ao sistema imunitário, evite o stress, tente relaxar, meditar...

 

Cogumelos Shiitake

Própolis

    Tem funções : Anti microbiana, antivirótica, anti inflamatória, antioxidante, bacteriostática, anti-séptica, e muito mais.

 

 O conhecido Panax Ginseng ( raiz) 

        As farmácias tanto o criticavam mas agora também vendem... Descobriram a galinha dos ovos de ouro.

        Muitas raízes assumem uma forma curiosa, a forma do corpo humano.

 

 Algas Marinhas:

( Procure numa Ervanária)

As algas marinhas ajudam a restabelecer as reservas de ferro e são óptimas fontes dos principais minerais. São vários os tipos de algas: ágar-ágar, arame, bodelha, clorela, dulse, hiziki, irish moss, kombu, nori, spirulina, e wakame.

As algas marinhas fazem parte da alimentação de muitos povos, como os chineses e os japoneses .

As algas são uma excelente fonte de iodo, mineral essencial ao correcto funcionamento da tiróide.

Outros minerais que normalmente se encontram nas algas são o ferro, o potássio, o cálcio, o cobre, o magnésio e o zinco.
A maioria das algas contém ainda betacaroteno (provitamina A) e algumas das vitaminas do complexo B.

A maioria dos tipos de algas apresenta um elevado conteúdo proteico, sendo ricas nos aminoácidos essenciais.