Tenho ouvido, aqui e acolá, pessoas que a respeito de mudanças na sua própria vida, tanto ao nível espiritual como ao nível dos seus relacionamentos, dizerem quem estão/vão "tentar" e/ou que "querem" mudar, mas para desespero pessoal consideram-se longe desses ideais que outros lhes dizem que são os ideais a atingir.
Ultimamente, também tenho ouvido falar em avatares (Avatar vem do sânscrito Avatāra, que significa "Aquele que descende de Deus", ou simplesmente "Encarnação". Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra.), pessoas que pela sua vida vivida são consideradas como os expoentes máximos da humanidade, verdadeiros exemplos a seguir, isto sempre em considerações externas a esses mesmos avatares que eu acredito que eles/elas próprios/as assim não se consideram. Mas um americano (sempre, um americano) lá uma arranjou uma métrica ou escala para avaliar e medir a vibração das pessoas, como se toda a Vida não fosse uma vibração, e diz ele, que não se considera um avatar, que há pessoas que são avatares. Parabéns, mais uma vez, conseguiu minar as relações humanas, agora eu tenho que olhar para o considerado avatar como uma pessoa superior a mim, que está mais perto do céu que eu, que vai ser vencedor da corrida e eu não. Mas como podemos ver através da definição de avatar e à luz das novas espiritualidades, todos nós somos avatares, todos somos “aquele que descende de Deus”.
Isto para dizer, e juntando a questão do "tentar" e "querer" com a questão dos avatares, que é uma inumanidade forçar as pessoas (eu incluído) a "elevarem-se" a esses considerados "estados elevados de consciência" dos ditos avatares, o stress que se incute nas pessoas para que elas saiam do seu "estado de inconsciência", que é uma forma suave de nos chamarem inconscientes como se eles não fossem inconscientes também, cegos que guiam outros cegos, e quando elas são pressionadas pelos seus "mestres" (mais uma vez, quem é que inventou a escala de proximidade com o céu?), as pessoas stressadas arranjam a desculpa de que estão a "tentar" e dizem que os progressos são "mínimos", claro baseados na escala do "mestre" ou na escala de "avatar". Portanto saímos da reunião com os chamados mestres, pior do que entramos, e essa “fraqueza” é aproveitada de forma económica (de uma forma ou de outra) pelos referidos “mestres”.
Se a escolha é ser avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.
Se a escolha é não ser um avatar, então não se tente nem se queira ser, afirme-se como tal e tudo acontecerá.
Eu sou um avatar. Provem que eu não sou.
Escolham e afirmem o que escolheram.
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