Na próxima quinta-feira a cristandade celebra a festa do Corpo de Deus (Corpus Christi, Corpo de Cristo), esta festa, segundo a Wikipédia, foi decretada a 11 de Agosto 1264 pelo papa Urbano IV, porque “recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico”.
E ainda da Wikipédia, se verifica como do medo, da superstição, do paganismo cristão continuam a nascer demónios e com eles os rituais para os expulsar, e depois ninguém nos explica como tudo começou, bem sei porquê, por que esta história que é de lesa-inteligência, lesa-dignidade humana, lesa-humanidade, tem objectivos de ganhar fiéis e dinheiro, para que os “elevados” continuem a viver no fausto e no regabofe, e os “diminuídos” continuem a trabalhar e a suar sob a pena de esses demónios inventados lhes dêem castigos eternos e penas no fogo do inferno:
“Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sanguíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo.”
Hoje em dia este Pedro de Praga seria internado num hospital psiquiátrico, na certa e compulsivamente. Agora não venham dizer que foi Jesus o de Nazaré que quis esta festa e este culto com tudo de demente e triste. Esta festa está contra tudo o que Jesus disse e fez durante a sua passagem pelo planeta Terra, ele que sempre renunciou ao estatuto de rei, de senhor, de deus, de ser adorado e bajulado, de ter estátua à sua imagem para que as pessoas pudessem prestar culto. Mas esta igreja continua aí a perpetuar os medos ancestrais, mantendo com outra roupagem os cultos aos múltiplos deuses e deusas que estão em cada capelinha espalhadas por essa cristandade a fora. Deuses e deusas, do medo, do pecado, da culpa, da penitência, das adorações, dos sacrifícios, que subjugam os fracos e aliviam os mais fortes, que abençoam as castas altas e maltrata as castas baixas, que pedem o dinheiro do miserável para encher os bolsos das eminências, que roubam a alegria de viver do justo para a dar satisfação de falsa alegria do injusto.
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