quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Cristo, o milagreiro


Geralmente os argumentos da divindade de Jesus (como Filho Único de Deus) assentam nos seus “milagres” e “prodígios”, como se Jesus curasse tudo e todos, sem qualquer respeito pelas pessoas que cura, usando-as como meros instrumentos de prova da sua excelsa divindade e vaidade, ora, o que Jesus praticou foi ciência de alto grau existente na sua época, obviamente quem não conhece nada de ciência e não entende como funcionam os fenómenos, julga que são algo de “extraordinário” e fora do normal, ainda hoje acontece isso, e ainda mais acontecia naqueles tempos.

A afirmação de que Jesus é o Filho Único de Deus, faz com que nós sejamos Filhos Únicos de Deus, mais, se Jesus é Deus então nós também somos Deus, somos todos Um em Deus. Se Jesus é divino assim também nós o somos no mesmo grau que o dele, a diferença reside na tradição oral que nos é transmitida e inculcada desde pequenos, coisa que não aconteceu com Jesus com sua iniciação e educação com os essénios.

A religião institucional fugia, foge e continua a fugir de estar ao lado da ciência, não se deixa acompanhar por ela, e muitas vezes a repudia e a afasta não vá acabar com os milhares santuários que dão bom dinheiro. A ciência esclarece aquilo que é visto como milagre prodigioso, estes milagres são usados como ferramenta de superstição, a superstição é usada como ferramenta de divisão (tipo “eu sei e tu não sabes”), a divisão é usada como ferramenta da criação de castas, as castas são usadas como ferramenta do medo, o medo é usado como ferramenta do poder; e Jesus nunca foi por este caminho.

Jesus nunca ambicionou ser Sumo-Sacerdote, nem escriba, nem levita, nem fariseu, nem tem algum cargo de poder sobre outros, foi sempre um igual entre iguais; por isso não percebo as pessoas especialmente os homens que se dizem de Jesus e da verdadeira igreja de Jesus, ambicionarem assumir cargos de poder sobre os outros, olhando para si mesmos como seres especiais e escolhidos por deus para esse tipo de serviço.

O mistério, a superstição continuam a estar em alta nas religiões institucionais, que a ciência não entra. As igrejas institucionais, falam-nos de salvadores, de cristos, de filhos únicos de deus, de alguém que faça algo por nós, de alguém que nos deixa prostrados uma eternidade, de adoração, de missas, de ritos a serem cumpridos rigorosamente, do modo a agradar a deus, mas não nos falam da liberdade do espírito, da nossa decisão pessoal, do nosso compromisso com a vida, do sairmos do nosso lugar, não nos perguntam se queremos ser curados para depois curar-nos a nós mesmos, para nós deixarmos de estar à espera de um “milagre” externo, quando o milagre deve ser interno.

Jesus avança com a ciência e o amor, e com o aval do homem/mulher, só mesmo através dele/dela é que Jesus se sente com autoridade para proferir as palavras de ordem, com o efeito de quebrar os seus bloqueios mentais, tais como não acreditar em si próprio(a), como não se sentir feliz, como não se sentir um ser humano completo, como não se sentir capaz de se curar por ele(a) mesmo(a). Não foi Jesus que o(a) curou, foi ele(a) que se curou a si próprio(a), Jesus foi apenas o desbloqueador, aquele que ajuda a quebrar barreiras/bloqueios.

E era sábado, dia em que Deus descansou, e isto quer dizer que Jesus não é um deus para ser adorado, e que ele mesmo estava-se “borrifando” para os preceitos e ritos, que em vez de libertar o povo de Israel, o aprisionava. Jesus sempre fugiu dessa situação de ser considerado um deus, qual deus do Olimpo, e por isso não compreendo que hoje assim seja considerado, e que nos peçam que o bajulemos, que o adoraremos e o ritualizemos este igual entre iguais apelidado de Cristo mas de nome Jesus, que as diversas igrejas cristãs criaram e continuam a criar.


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1 comentário:

Anónimo disse...

bem isso é um assunto discutivel.
que a Igreja tem maldades, tem!...maldades há em tudo lado.

A ciência é algo que Deus nos deixou.
Pena estarmos, na generalidade, a usá-la mal.

Jesus acreditava, nunca desistia, tinha força, tinha Amor para todos, seja quem fosse, Jesus orava, caminhava pela vida...sempre em paz e com o Pai.

Não houve, não haverá nem haverá outro Homem capaz disso.

Jesus foi Homem, mas sua alma era é e será Divina!

Podemos, nós Humanos, caminhar ao lado de Cristo, mas não somos Cristo...somos nós, cada um de nós...cada qual com o seu adn.

Não somos Deus de nós próprios, somos simples humanos...que vivemos um simples segunda na vida...!
Cabe a nós caminharmos pela trilho correcta.

Deus Pai não nos abandona...!
Oremos.

Cristo não quis ser Igreja/Sacerdote ou outro termo qq, mas a perpetuação da Sua Palavra foi desejada e cumprida pelos Apóstolos!

não sou o ideal para discutir estes assuntos...apenas digo: Deus/Cristo, Homem, Religião, Ciência!

Cada qual no seu canto...e cada qual com o seu significado!

abraço