quarta-feira, outubro 29, 2008

No mundo de Deus

"Nada acontece por acaso no mundo de Deus, e nem existe essa coisa como coincidências"

do "Conversas com Deus - Livro 1"
Neale Donald Walsch

sexta-feira, outubro 24, 2008

Deixem os jovens serem jovens

"Por favor, não queiram fazer dos jovens, elas e eles, deste nosso Século XXI, freiras e padres, menos ainda noviças e seminaristas. Deixem-nos ser e estimulem-nos a ser simplesmente jovens, elas e eles, abertos uns aos outros, afectivos e aplicados, apaixonados pelo Real, disponíveis ao Espírito que fala sempre a língua do Secular e do Político, do Solidário e do Não-Alinhado, nunca a do Sagrado e do Religioso, do Poder e do Dinheiro. Soltem-nos de vez dos túmulos que são os vossos templos, os vossos conventos e os vossos seminários, porventura, até as vossas universidades católicas e as vossas paróquias, e deixem-nos ir, como fez Jesus, o do Evangelho de João, ao jovem Lázaro, irmão de Marta e de Maria. De modo algum, corram a metê-los nos templos, a fazer deles meninas, meninos de coro, candidatos a freira ou a padre, uns eunucos mais, como tantas, tantos que, desde há séculos, temos, como Igreja católica, insensatamente insistido em gerar, só para, assim continuarmos a garantir funcionários à Multinacional do Religioso que alguns, mais fanáticos do Religioso, insistem ainda em gerir / administrar, como se se tratasse da Igreja, a de Jesus."

Diário Aberto do dia 23 de Outubro
do Mário de Oliveira

quarta-feira, outubro 22, 2008

Matrimónio, Ordem e Divórcio

Acho interessante que os padres e outros senhores da hierarquia da igreja católica (todos homens, nada de mulheres) virem falarem sobre o matrimónio, seria como eu levantar questões sobre a vida de padre, de bispo, de papa. Podemos defender concepções quaisquer que elas sejam, mas se não são vividas na primeira pessoa, são isso mesmo, são concepções, apenas podemos imaginar como deveria ser, mas nunca o É.

E isto de os padres e daí para cima na estrutura hierárquica do Catolicismo (e outras religiões institucionalizadas), tomarem posições férreas sobre o matrimónio, a família, a sociedade, sem saberem o que é a vida de casal, a vida do casal com os filhos, a vida social do casal, chega a ser caricato e ao mesmo tempo triste de se ver.

Eles se fizeram eunucos para o serviço de deus, não sabem nem sonham, o que é o matrimónio vivido, o que é estar à frente de uma família vivida, o que é a sociedade vivida.

Se estão realmente preocupados como o matrimónio, casem-se; se estão realmente preocupados com a família, criem uma e procriem filhos e filhas à vontade; se estão realmente preocupados com a sociedade, venham e mergulhem nela com todo o corpo e não só com a cabeça.

Só se fala no divórcio como o fim do matrimónio, o fim da ligação marital entre duas pessoas, e desses 48% de divórcios.

Qual é percentagem de divórcio como o fim do sacramento da ordem por parte dos padres? Seria interessante ver qual é.

Afinal, é muito mais crítico e gravoso o fim deste sacramento, já que é a ligação directa com deus, está-se a quebrar com deus, deus estava a contar com ele, mas o padre não aguentou. Mas aí, ninguém quer saber se é pecado estar divorciado de deus. Se o ex-padre pode ou não receber o corpo de cristo na hóstia consagrada, se deve ou não participar na vida da paróquia dando catequese. Dois pesos, e duas medidas. Mas o fiel, o crente, a ovelha, o mexilhão é sempre o mais penalizado. Graças a Deus que Deus não é assim como a igreja católica.

Deve haver equilíbrio e uma visão mais alargada, sobre o que é o divórcio.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Feitos à imagem e semelhança de Deus

"NDW - Mas nós não podemos ser como Tu! Isso seria uma blasfémia.

Deus - A blasfémia é terem-vos ensinado essas coisas. Digo-vos: Vocês foram feitos à imagem e semelhança de Deus – é esse o destino que vieram cumprir.

Vocês não vieram aqui para se esforçarem e lutarem e nunca “chegarem lá”. Nem vos enviei numa missão impossível de cumprir.

Creiam na bondade de Deus e creiam na bondade da criação de Deus – nomeadamente, nos vossos Eus sagrados."

Conversas com Deus
Neale Donald Walsch

segunda-feira, outubro 13, 2008

Resposta a um desafio do Fontez

6 coisas com que me preocupo?
- A palavra “preocupar” vem de pré ocupar, que dizer que estou ocupado antes de o estar, o que é impossível. Então nada me preocupa ou pré-ocupa. Por outro lado, estou atento, atento ao que se passa à minha volta e comigo próprio.

6 coisas com que não me preocupo?
- Como é impossível me pré-ocupar, o inverso também é impossível.

6 coisas que eu gosto?
- Amar
- Viver
- Ser
- Escutar
- Caminhar
- Ler

6 coisas que eu não gosto?
- Se houvesse algo no mundo que eu não gostasse, é por que haveria algo em mim que eu não gosto, não gostaria de mim mesmo, só assim poderia haver algo que não gostasse. Eu gosto de mim, portanto gosto de tudo.

6 coisas que me fazem sorrir?
- A Vida
- O Amor
- As pessoas
- A mente
- O ego
- O meu ser

6 coisas que me entristecem?
- O tentarem complicar o que é simples
- O tentarem me anular
- O tentarem que eu não acredite em mim mesmo
- O tentarem que eu siga a única religião verdadeira
- O tentarem que eu acredite nos “livros sagrados” ou “escrituras sagradas”
- O tentarem que me sinta separado de Deus/Amor/Vida

6 coisas que me definem?
- Sou um Ser
- Sou um Ser em experiência
- Sou um Ser em experiência pelo mundo
- Sou um Ser em experiência com o mundo
- Sou um Ser que pode ser o que quiser ser
- Sou um Ser que escolhe.

6 blogs que desafio?
- Venham mais 6 de uma assentada que eu pago já. (Zeca Afonso, em vez de 6 são 5)

http://fontez.wordpress.com/

sexta-feira, outubro 10, 2008

Foi a religião ...

" NDW - Porque é que dizes esqueçam a religião?

Deus - Porque não é boa para vós. Compreendam que para a religião organizada ter sucesso, tem que fazer com que as pessoas acreditem que precisam dela. Para as pessoas terem fé noutra coisa, têm primeiro de perder a fé em si próprias. Portanto, a primeira tarefa da religião organizada é fazer-te perder a fé em ti próprio. A segunda tarefa é fazer-te ver que tem respostas que tu não tens. E a terceira e a mais importante é fazer-te aceitar as respostas sem as questionares.

Se questionas, começas a pensar! Se pensas, começas a regressar àquela Fonte Interior. A religião não te pode deixar fazer isso porque é provável que surjas com uma resposta diferente da que ela inventou. Portanto a religião tem que te fazer duvidar do teu Eu; tem que te fazer duvidar da tua capacidade de pensar claramente.

O problema da religião é que, com frequência, isto faz ricochete – porque se não puderes aceitar sem duvidar os teus próprios pensamentos, como podes não duvidar das novas ideias sobre Deus que a religião te deu?

Muito brevemente, nunca duvidas da Minha existência - da qual, ironicamente, nunca duvidaste antes. Quando vivias de acordo com o teu conhecimento intuitivo, podias não Me ter compreendido totalmente, mas sabias definitivamente que Eu estava lá!

Foi a religião que criou os agnósticos.

Qualquer pensador lúcido que examine o que a religião tem feito, tem que assumir que a religião não tem Deus! Porque foi a religião que encheu o coração dos homens do temor de Deus, enquanto que houve tempo em que o homem amava Aquilo Que É em todo o seu esplendor.

Foi a religião que ordenou aos homens que se curvassem perante Deus, quando em tempos o homem se ergueu de braços estendidos com alegria.

Foi a religião que sobrecarregou o homem com preocupações sobre a ira de Deus, quando em tempos o homem procurava Deus para o aliviar do seu fardo!

Foi a religião que disse ao homem para ter vergonha do seu corpo e das suas funções mais naturais, quando em tempos o homem celebrou essas funções como as maiores dádivas da vida!

Foi a religião que vos ensinou que é preciso um intermediário para chegar a Deus, quando houve tempo em que consideravam ter alcançado Deus vivendo simplesmente a vossa vida no bem e na verdade. E foi a religião que ordenou aos humanos que adorassem Deus, quando houve tempo em que os humanos adoraram deus porque era impossível não O adorar!

Em toda a parte onde a religião chegou criou desunião – o que é o oposto de Deus.

A religião separou o homem de Deus, o homem do homem, o homem da mulher – algumas religiões até dizem ao homem que ele está acima da mulher, tal como proclamar que Deus está acima do homem – dando assim azo às maiores caricaturas alguma vez impingidas a metade da raça humana.

Eu vos digo: Deus não está acima do homem, e o homem não está acima da mulher – não é essa a “ordem natural das coisas” – mas é a maneira como todos os que tinham poder (nomeadamente homens) queriam que fosse quando formaram as suas religiões patriarcais, apagando sistematicamente metade do texto da versão final das “sagradas escrituras” e distorcendo o resto para se adaptar ao molde do deu modelo masculino do mundo.

É a religião que ainda hoje insiste que as mulheres são de certa forma inferiores, de alguma forma cidadãs espirituais de segunda classe, algo “inadequadas” para ensinar a Palavra de Deus, pregar a Palavra de Deus ou ministrá-la ao povo.

Como crianças, ainda estão a discutir que sexo é ordenado por Mim para serem Meus sacerdotes!

Eu vos digo: Todos vós sois sacerdotes! Cada um de vós.

Não há nenhuma pessoa ou classe mais “adequada” para fazer o Meu trabalho do que outra.

Mas tantos homens são tal e qual as nações. Sequiosos de poder. Não gostam de partilhar o poder, apenas de o exercer. E construíram o mesmo tipo de Deus. Um Deus sequioso de poder. Um Deus que não gosta de partilhar o poder mas apenas o exercer. No entanto eu vos digo: O Supremo dom de Deus é a partilha do poder de Deus.

Eu queria que vocês fossem como eu."

Conversas com Deus
Nelae Donald Walsch

segunda-feira, outubro 06, 2008

Da Existência de Deus

"Os argumentos relativos ao problema da existência de Deus têm sido viciados, quando positivos, pela circunstância de frequentemente se querer demonstrar, não a simples existência de Deus, senão a existência de determinado Deus, isto é, dum Deus com determinados atributos. Demonstrar que o universo é efeito de uma causa é uma coisa; demonstrar que o universo é efeito de uma causa inteligente é outra coisa; demonstrar que o universo é efeito de uma causa inteligente e infinita é outra coisa ainda; demonstrar que o universo é efeito de uma causa inteligente, infinita e benévola outra coisa mais. Importa, pois, ao discutirmos o problema da existência de Deus, nos esclareçamos primeiro a nós mesmos sobre, primeiro, o que entendemos por Deus; segundo, até onde é possível uma demonstração.

O conceito de Deus, reduzido à sua abstração definidora, é o conceito de um criador inteligente do mundo. O ser interior ou exterior a esse mundo, o ser infinitamente inteligente ou não — são conceitos atributários. Com maior força o são os conceitos de bondade, e outros assim, que, como já notamos têm andado misturados com os fundamentais na discussão deste problema. Demonstrar a existência de Deus é, pois, demonstrar, (1) que o universo aparente tem uma causa que não está nesse universo aparente como aparente (2) que essa causa é inteligente, isto é, conscientemente activa. Nada mais está substancialmente incluído na demonstração da existência de Deus, propriamente dita. Reduzido assim o conteúdo do problema às suas proporções racionais, resta saber se existe no raciocínio humano o poder de chegar até ali, e, chegando até ali, de ir mais além, ainda que esse além não seja já parte do problema em si, tal como o devemos pôr. "

Fernando Pessoa, in 'Ideias Filosóficas'