«"Namorar - dizia essa definição que nunca mais esqueci - não é olhar um para o outro, mas ambos olharem na mesma direcção". E é sempre nesta definição que ainda hoje penso, quando me encontro com pessoas que namoram. Na altura, a frase não me transportava para a Política, porque eu ainda desconhecia que a Política é a arte de nos preocuparmos com os demais e uns com os outros, é sermos mulheres, homens com os demais e para os demais, é construirmos juntos a casa comum que habitamos e que está ainda por concluir, uma casa da qual ninguém, pessoa ou povo, fique dela excluído. »
Diário Aberto do dia 14 de Fevereiro de 2008,
do Mário de Oliveira
http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Excesso de Deus
"O nosso tempo continua a sofrer de um excesso de Deus, em detrimento do Ser Humano. Há um desequilíbrio total nos pratos da balança. O prato de Deus anda sempre no fundo, tanto é o peso que transporta. Deus anda excessivamente na boca de toda a gente. E, lá, onde há um excesso de Deus, há sempre um défice do Ser Humano. O facto, só por si, é revelador de que o Deus de que tanto se fala e que faz desaparecer o Ser Humano é um Ídolo. E tanto é Ídolo na boca e nos escritos dos que se dizem crentes, como na boca e nos escritos dos que se dizem ateus. Nem os filósofos, do passado e do presente, que hoje são tidos como mais conceituados e por isso também mais estudados nas Universidades da Europa e do resto do Mundo, confessionais e laicas, chegaram, alguma vez, até hoje, a dar-se conta desta verdade: Afinal, Deus, na boca de crentes e de ateus, não passa de um mero conceito sem conteúdo político, por isso, sem conteúdo humano. Serve para todas as circunstâncias, fica bem em todas as ocasiões, tanto nas horas de dor e de angústia, como nos momentos de felicidade e de bem-estar, de luto e de perda. É um conceito vazio, tipo pronto-a-usar-na-hora, que toma o conteúdo de cada ocasião. Negam-no, uns, defendem-no, outros e, quase sempre, com fanatismos, da parte dos que negam, como da parte dos que defendem, que podem chegar à violência física, a mais descontrolada e a mais assassina /genocida."
Capítulo 39, versículo 1
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