quinta-feira, novembro 27, 2008

Corpo de dor

"O início da libertação do corpo de dor começa, em primeiro lugar, por nos apercebemos de que temos um corpo de dor. Depois, e igualmente de suma importância, surge a nossa capacidade de permanecermos suficientemente presentes e alerta para nos darmos conta do corpo de dor existente em nós mesmos, que assume a forma de um pesado fluxo de emoções negativas quando está activo."

Pag. 135
Um novo mundo – Despertar para a essência da vida
Eckhart Tolle

sexta-feira, novembro 21, 2008

Se há algum pecado ...

Se há algum pecado, esse é o de nos termos em pouca conta, o não nos sentirmos como Jesus se sentiu, cheio, grande. Não falarei de cristo porque cristos houve, há e haverá muitos, cristo que quer dizer ungido, escolhido, amado de Deus. E quem pode dizer que não é o amado por Deus? Quem pode dizer que não é o escolhido de Deus? Quem pode dizer que não é o ungido de Deus?

Eu entendo a forma como os católicos se sentem e vivem, eu já lá estive onde os católicos estão, por isso digo o que digo por que sei o que sentem e vivem. Não vejam isto como uma forma de eu estar a tentar desencaminhá-los do seu caminho, apenas o faço para que vejam a realidade de outra forma, é a forma que eu sinto como verdadeira para mim e dou testemunho dela, sem rede, sem livros sagrados, sem medo da perdição eterna, sem amparo de mestres. Não quero ser Jesus, mas desejo elevar o meu nível de consciência como Jesus o fez. É por aqui o meu caminho.

Eu distingo Jesus de Deus, Jesus foi um ser humano como eu e tu, uma personalidade que viveu naquele espaço e naquele tempo, assim como está a acontecer connosco, também fez coisas que consideramos “más”, o seu corpo jaz neste mundo material, tal como o nosso irá ficar cá, mas nós não somos o nosso corpo, por isso Jesus, eu e tu vivemos eternamente. Deus é mais que a soma das partes, Deus É Tudo O Que Existe.

Por isso quando digo Jesus não digo Deus, assim quando digo Deus não digo Jesus. Jesus fazendo parte de Deus, como eu e tu, mas Deus é mais do que todos nós juntos, Jesus incluído.

terça-feira, novembro 18, 2008

O João - 1ªParte

No dia 13 de Novembro de 2008, fiquei a saber que ele se chama João. E ele ficou a saber que me chamo Luís.

Do João sei alguns pedaços da sua vida, que ele próprio me contou no tempo que vai de estar comigo na paragem do autocarro até ao destino dele, eu saio depois dele.

O João, há mais de um ano que partilha comigo o mesmo autocarro, mas nunca conversamos, e foi bom começarmos assim, por causa de uma ferida na perna que lhe chega até ao osso, queixou-se das muitas dores por causa do frio nesse osso exposto, mas que tem sido bem tratado no hospital.

O João definiu-se “Eu sou um sem-abrigo”, e “Estou na desintoxicação através da metadona”, a mim nada me pediu, nem esmola, nem ajuda.

Nesse dia 13, após o autocarro ter partido, e eu ter tentado apanhá-lo sem sucesso, decidi percorrer cerca de 300 metros até outra paragem para apanhar outro autocarro, é então que vejo o João atrás de mim, decidi parar para que fossemos os dois até à dita paragem, “Como se chama?” perguntei-lhe eu, “Eu sou o João”, respondeu ele, “Eu sou o Luís”, disse-lhe eu, e demos um aperto de mãos, uma lavada e outra suja, mas o calor entre elas passou, dois seres humanos entraram noutro nível de comunicação, mas sempre de igual para igual, e cada um na sua situação.

Até à próxima....

quinta-feira, novembro 13, 2008

As maiores Falácias sobre Deus

"
1. Deus precisa de alguma coisa.
2. Deus pode falhar na obtenção daquilo que Ele quer.
3. Deus separou-vos Dele porque vocês não Lhe deram aquilo de que Ele precisava.
4. Deus ainda precisa do que Ele precisa, de forma tão desesperada, que vos exige, separado de vocês, que Lha dêem.
5. Deus destruir-vos-à se não forem ao encontro das Suas exigências.
"

O Deus de Amanhã
Neale Donald Walsch
Pag. 100

P.S. - Nunca é demais lembrar, já foi postado em 2006.

sexta-feira, novembro 07, 2008

O SEGREDO PARA MIM

"
Hoje, é o Início da minha Nova Vida.
Hoje, estou a recomeçar.
Hoje, todas as Coisas Boas vêm ter comigo.


Estou grato(a) por estar Viva.
Vejo a Beleza à minha volta.
Vivo com Paixão e Propósito.
Todos os dias, arranjo Tempo para Rir e Brincar.


Estou Consciente, Enérgico(a) e Vivo(a).
Foco em Todas as Coisas Boas da Vida.
E agradeço por elas.


Estou em Paz e unida com Tudo.
Sinto o Amor, a Alegria, a Abundância.


Sou Livre de ser eu próprio(a).
Sou Magnífico(a) na forma humana.
Sou a Perfeição da Vida.


Estou grato(a) por ser eu.
Hoje, é o Melhor Dia da Minha Vida.
"

Este veio por mail, e gostei.

terça-feira, novembro 04, 2008

A pobreza e a industria da pobreza

Tanto se fala de pobreza, e que temos que acabar com a pobreza, e que é um problema social grave, e que é um assunto que os políticos devem resolver, pois eles próprios se propõem resolver através de promessas eleitorais, e que a pobreza não devia existir, entre outras coisas que se diz da pobreza.

A pobreza de que se fala tanto e para tanto se pede dinheiro, é a pobreza de dinheiro, os pobres (nesta conjectura económica e social) são aquelas pessoas que não se adaptaram a este sistema económico baseado no dinheiro, que não quiserem usar as técnicas dos banqueiros e outros agiotas, portanto, quem não tem dinheiro é pobre e sendo assim não tem acesso aos bens essenciais à sobrevivência do seu corpo.

Ora, muitas pessoas se organizaram em instituições, tanto de cariz religioso ou não, que se dedicam a cuidar destes pobres, assim os pobres aparecem como um produto que tem que ser valorizado e mantido, segundo as regras de uma boa gestão empresarial, o desaparecimento da pobreza levaria os donos e os funcionários destas instituições, para o desemprego e isso decerto que os desagradaria. Por isso é de todo o interesse manter os seus postos de trabalho à custa da pobreza dos outros, e ainda por cima ficam famosos por se dedicarem aos “coitadinhos e pobrezinhos”.

Ora se esta pobreza de dinheiro e através dele, as pessoas sentirem que não conseguem comprar (com dinheiro) os bens essenciais à sua sobrevivência, qual é a solução para esta pobreza? Para mim é acabar com o sistema económico baseado no dinheiro, é o uso deste sistema que remete muitas pessoas para o desespero de não conseguirem o dinheiro suficiente para a obtenção de bens essenciais, estas pessoas passam então a ter ideias de roubar e de usurpar o dinheiro que outros têm em excesso, por sua vez quem tem dinheiro a mais começa a pensar na salvaguarda do seu dinheiro com medidas de segurança para que não haja roubos. Estão a ver a paranóia, que este esquizofrénico sistema cria nas pessoas?

Se a natureza nada nos cobra pelos alimentos, por ela fornecidos para a sobrevivência do nosso corpo, por que haveremos nós de cobrar dinheiro aos outros seres humanos pelos bens que a natureza nos dá de graça? Por que é que os bens trocados entre nós têm que ser valorizados em termos de dinheiro? Por que temos que produzir a mais para que os preços baixem? Por quê a lei da oferta e da procura? Fala-se, hoje em dia, tanto de ecologia e de soluções ecologicamente sustentáveis, mas o dinheiro não é um factor de sustentabilidade do sistema ecológico do planeta terra, mas tenta-se a todo o custo que assim seja, mas por mim nunca será; este sistema arrasta milhões de pessoas para a pobreza e para o desespero, e ainda por cima leva à destruição da vida no planeta Terra, em que vivemos.

Por que é que os alimentos em excesso produzidos na Europa e na América, não chegam às bocas famintas de outros continentes? A causa está nos custos ao nível de dinheiro para os fazer chegar lá onde há fome. Então o dinheiro é algo que resolve os problemas da fome no mundo? Eu acho que é como a areia numa engrenagem, ou como um cão que dorme na manjedoura, não come nem deixa comer.

Portanto, vamos transcender o dinheiro, quando a gravidade das carências humanas ultrapassa os limites do razoável, e mais que manter os nossos postos de trabalho, vamos ao encontro dos outros e pondo ao seu dispor o que achamos que lhes faz falta, sem preço, sem contas, sem contabilidade, sem dinheiro, apenas os produtos e bens. Criemos áreas nas nossas sociedades em que o dinheiro não entre, em que a organização esteja apenas atenta à distribuição, repartição conforme as necessidades, sem areias nas engrenagens; mas quem quiser continuar a usar o dinheiro, tudo bem, mas que não seja um panaceia global e mundial, em que todos temos que estar envolvidos.

Que assim seja.