quinta-feira, dezembro 31, 2009

Escolher a Felicidade

"Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de seus santos. Felicidade ou paz nós as construímos ou destruímos: aqui o nosso livre-arbítrio supera a fatalidade do mundo físico e do mundo do proceder e toda a experiência que vamos fazendo, negativa mesmo para todos, a podemos transformar em positiva. Para o fazermos, se exige pouco, mas um pouco que é na realidade extremamente difícil e que não atingiremos nunca por nossas próprias forças: exige-se de nós, primacialmente, a humildade; a gratidão pelo que vem, como a de um ginasta pelo seu aparelho de exercício; a firmeza e a serenidade do capitão de navio em sua ponte, sabendo que o ata ao leme não a vontade de um rei, como nos Descobrimentos, mas a vontade de um rei de reis, revelada num servidor de servidores; finalmente, o entregar-se como uma criança a quem sabe o caminho. De qualquer forma, no fundo de tudo, o que há é um acto de decisão individual, um acto de escolha; posso ser, se tal me agradar, infeliz e inquieto."
 
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'

terça-feira, dezembro 29, 2009

Milagres - II

Milagres despertam novamente a consciência de que o espírito, não o corpo, é o altar da verdade. É esse o reconhecimento que conduz ao poder curativo do milagre.
Milagres fazem com que sejas capaz de curar os doentes e ressuscitar os mortos porque tu mesmo fizeste a doença e a morte, podes, portanto, abolir ambos. Tu és um milagre, capaz de criar como o teu Criador. Tudo o mais é o teu próprio pesadelo e não  existe. Somente as criações da luz são reais.
Milagres devem inspirar gratidão, não reverência. Deves agradecer a Deus pelo que realmente és. As crianças de Deus são santas e os milagres honram a sua santidade, que pode estar oculta mas nunca perdida.
Do Capítulo 1, I-20, I-24, I-31, do UCEM

terça-feira, dezembro 22, 2009

Celebrar o natal do mítico menino-jesus.

"Enquanto os Povos de todo o mundo celebram, ainda que inconscientemente, o natal do Sol, no pleno do seu solstício de Inverno, as Igrejas eclesiásticas, a católica romana e as protestantes, metem-se nos seus locais de culto a celebrar o natal do mítico menino-jesus. A pompa maior, pelo menos, no Ocidente, vai inteira para Roma, com sucessivas missas, a do galo, a da aurora e a do final da manhã. Se repararem bem, as celebrações dos povos, ainda com a sua dimensão fortemente familiar – começa já a diluir-se e não levará muitos anos que nem esta dimensão se manterá, fica só a do desenfreado e demente consumismo – são, por enquanto, bem mais festivas e humanas que as das Igrejas eclesiásticas, por mais pompa de que se revistam as suas liturgias. Então as liturgias presididas pelo papa Bento XVI são um desastre. Não há ali um pingo de humanidade, de alegria, de bem-estar, de felicidade. É tudo tão frio, tão patriarcal, tão ritual, tão sem graça, tão cerimonial, que não se entende como é que ainda há quem se desloque de longe para fazer monte em todo aquele gelo litúrgico. São figurantes num espectáculo cujo guião exige a presença de multidões e estas não se fazem rogadas e lá vão. São figurantes na vida real e assim continuam, também nestes dias de mentira. Jesus, o de Nazaré, não é mentira, obviamente. Mas este menino-jesus que as celebrações natalícias das Igrejas apresentam, é. Os cultos são mentira e o menino-jesus, cujo natal todos esses cultos pretendem celebrar, também é. O Jesus real, histórico, nunca gostou de cultos. E, quando foi ao Templo de Jerusalém, foi para anunciar que de tudo aquilo não ficaria pedra sobre pedra. E não ficou."

Diário Aberto de 28 de Dezembro de 2008 do Mário de Oliveira

http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/

 

 
 

sexta-feira, dezembro 18, 2009

A Vida é um jogo. é o Jogo Fundamental

 

 

A Vida é um jogo, e como tal, é diversão que traz Alegria, aquela Alegria de que sentimos falta quando consideramos que algo na Vida é tão sério, tão sério que entramos na ilusão sem ter consciência que é uma ilusão.

 

Quando a seriedade nos atinge, é por que acreditamos que a Vida não é um jogo, acreditamos que a vida é dura e que temos que ser tenazes perante Ela, temos que enfrentá-La, fazer-lhe resistência, em vez de sermos “rio”, somos “barragem”.

 

No meio disto tudo, onde está a Alegria? Aquela Alegria que transforma o nosso rosto num rosto calmo, sereno, risonho, confiante, sem tensão muscular. O nosso rosto mostra verdadeiramente o nosso Ser, nota-se quando um sorriso é forçado, nota-se o esforço de ser simpático quando por dentro se “arde” de medos inventados.

 

Quando a nossa mente aceita a Vida como um jogo, não há como vir a tristeza, como vir a tensão, o medo, o esforço. A Vida flui como água num rio, passando por cima ou ao lado dos obstáculos, mas nunca parando, é no movimento que a água se oxigena e mantém vivos todos os seres que nela vivem. Alguém conhece algum rio que seja triste? Alguém conhece alguma pessoa que se sinta triste perante um rio? O rio joga o jogo da Vida, e assim é connosco. Que assim seja connosco.

 

 

 

terça-feira, dezembro 15, 2009

Saber Amar


A crueldade de que se é capaz
Deixar pra trás os corações partidos
Contra as armas do ciúme tão mortais
A submissão às vezes é um abrigo

Saber Amar
É saber deixar alguém te amar

Há quem não veja onde ela está
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio

O amor escapa-te entre os dedos
E o tempo escorre pelas mãos
O sol já se vai pôr
No mar

Há quem não veja onde ela está
E nada contra o rio
Nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio



letra de uma música dos Delfins

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Seja Verdadeiro - OSHO

 

Lembre-se sempre, não importa o que você esteja fazendo, observe se seu centro está envolvido nisso ou não, porque se ele não estiver envolvido é melhor não fazer nada. Não faça nada! Ninguém está lhe forçando a fazer coisa alguma.

Conserve sua energia para o momento
quando alguma coisa real acontecer a você; então o faça. Não sorria, preserve a energia. O sorriso virá e então lhe mudará completamente. Assim será total. Cada célula de seu corpo irá sorrir. Desse modo será uma explosão — nenhuma falsidade.

Lembre-se disso: desde manhã cedo, quando você abrir seus olhos, tente ser verdadeiro e autêntico.
Não faça nada que seja falso. Só por sete dias, continue se lembrando. Não faça nada que seja falso. O que quer que se perca, deixe perdido. O que quer que você perca, deixe perdido.

Mas permaneça real e dentro de sete dias uma nova vida será sentida dentro de você. As camadas mortas serão partidas e uma nova corrente viva chegará até você. Você se sentirá
novamente vivo pela primeira vez — uma ressurreição.

Faça tudo que você gosta de fazer, mas pense — você está realmente fazendo isso, ou é sua mãe ou seu pai fazendo-o através de você? Porque homens mortos, pais mortos, sociedades, velhas gerações que já se foram há muito tempo
ainda estão funcionando dentro de você. Eles criaram tantos condicionamentos que você continua satisfazendo-os — e eles estiveram satisfazendo seus pais e mães mortos, e você está satisfazendo seus pais e mães mortos, e ninguém está satisfeito.

Observe sempre quando você faz algo, se seu pai está fazendo-o através de você
ou você mesmo está fazendo-o. Quando você fica zangado, é sua raiva ou é a maneira que seu pai costumava ficar zangado? Você está só imitando.

Tenho visto
padrões sendo continuamente repetidos. Se você se casar, seu casamento vai ser aproximadamente o mesmo do seu pai e da sua mãe. Você irá agir como seu pai, sua esposa irá agir como a mãe dela e vocês estarão criando a mesma confusão de novo.

Quando você ficar zangado, observe:
você está lá ou é outra pessoa? Quando você amar, lembre-se, você está lá ou é outra pessoa? Quando você falar, lembre-se, você está falando ou o seu professor?

Abandone todas as falsidades. Você pode sentir uma certa tristeza por algum tempo porque todas as suas falsidades serão abandonadas e o verdadeiro levará um tempo pra chegar e se estabelecer. Haverá um intervalo de tempo. Permita esse período e
não tenha receio, não fique assustado.

Cedo ou tarde seus
falsos eus desaparecerão, suas máscaras desaparecerão, e sua face real se tornará o seu ser.

Osho, em "The Book of Secrets"

 

 

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Milagres - I

 

"Milagres ocorrem naturalmente como expressões de amor. O amor que os inspira é o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, é um milagre."

"Um milagre é um serviço. É o serviço máximo que podes prestar a um outro. É uma forma de amar o teu próximo como a ti mesmo. Reconheces o teu próprio valor e o do teu próximo simultaneamente."

Do Capítulo 1, I-3 e I-18, do UCEM
Aqui: http://www.htportugal.com
 
 

 

sexta-feira, dezembro 04, 2009

OU DEUS OU O EGO

"Ou Deus é insano ou o ego é insano. Se examinares a evidência dos dois lados de maneira justa, reconhecerás que isso tem que ser verdadeiro. Nem Deus nem o ego propõem um sistema de pensamento parcial. Cada um é internamente consistente, mas ambos são diametralmente opostos em todos os aspectos, de forma que uma fidelidade parcial é impossível. Lembra-te, também, que os seus resultados são tão diferentes quanto os seus fundamentos e que as suas naturezas fundamentalmente irreconciliáveis não podem ser reconciliadas por hesitações entre um e outro. Nada que vive deixa de ter um pai, pois a vida é criação. Portanto, a tua decisão é sempre uma resposta para a questão: "Quem é o meu pai?" E serás fiel ao pai que escolheres."

versículo 1 da introdução do capítulo 11 do livro UCEM