quarta-feira, fevereiro 25, 2009

A morte como último recurso

Acham que Jesus não sabia o que fazia?
Acham que Jesus é um cordeirinho de deus?
Acham que Jesus tirou o “pecado” do mundo?
Qual foi o pecado que ele tirou do mundo?
Acham que Jesus não sabia com quem é que se estava a meter?
Acham que Jesus não sabia onde é que se estava a meter?
Acham que Jesus não controlou os acontecimentos até morrer?
Acham que Jesus suportou tudo aquilo para nos salvar?
Salvar de quê?
Acham que Jesus morreu por nós?

A morte foi o último recurso que Jesus utilizou para fazer entender a sua mensagem aos apóstolos que continuavam duros e implacavelmente agarrados às crenças antigas de um Messias que iria começar uma luta armada e repor a ordem e a lei no país ocupado que era Israel. Pelos vistos os ditos apóstolos de hoje continuam a pensar como os primeiros apóstolos, mas as armas são outras.

Jesus sabia que se metesse com o poder político e religioso, iria ser condenado à morte, nem foi preciso a traição de Judas para isso acontecer, por isso escolheu um sítio perto de Jerusalém por aqueles dias, e visto não estar a conseguir fazer entender aos apóstolos, que o Reino de Deus era outra coisa diferente do que eles pensavam e esperavam.

Qual é a melhor maneira para que as nossas palavras sejam valorizadas e entendidas?

É quando acontece a nossa morte física.

Quando morremos, todas as nossas acções e palavras, o que fizemos e dissemos, tornam-se super valorizadas devido às emoções que correm dentro dos outros que ficam cá, muitos porquês emergem com grande facilidade perante o acontecimento da morte de alguém que nos era muito querido, e assim aconteceu com os apóstolos, a emoção fez desligar as suas mentes, e quando isso acontece a nossa alma tem uma via directa para chegar ao nosso exterior, finalmente eles sentiram Jesus completo nos seus corações. A nossa mente não suporta a morte, por que ela morre com o nosso corpo.

Quem tem ouvidos que oiça, quem tem olhos que veja, quem tem entendimento que entenda.

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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Cardeal diz que casal gay não tem condições para educar crianças.

"O cardeal D. José Saraiva Martins afirmou terça-feira à noite, na Figueira da Foz, que o casamento entre homossexuais não providencia uma educação normal a crianças a quem falta um pai e uma mãe."
http://diario.iol.pt/sociedade/igreja-homossexualidade-figueira-da-foz-casino-d-jose-saraiva-martins/1043542-4071.html


Perante esta afirmação, há duas alternativas.

Uma, concordar com o cardeal, visto que um casal gay pode ser composto por duas mulheres ou por dois homens, segundo a visão do senhor cardeal, estes casais não têm condições para educar crianças, talvez pelo facto de as crianças ter presente no casal o oposto, o macho e a fêmea, então o estado português com a sua autoridade deve fechar imediatamente e sem apelo nem agravo, sem possibilidade de recurso, todos os colégios de freiras e de padres, todos os seminários e orfanatos católicos, visto que nesses lugares não existe apenas dois homens ou duas mulheres, a educar crianças, existem muitos homens juntos e muitas mulheres juntas, pela mesma ordem de razão, o problema que o senhor cardeal levanta com o educar de crianças pelos casais gay é o mesmo que existe em muitos institutos católicos.

A outra alternativa é discordar do cardeal. Um casal gay tem as mesmas condições de educar bem uma criança como um casal heterossexual, desde que se tome as mesmas precauções e avaliações para ambos os casos. Então, devia-se tomar as mesmíssimas precauções e avaliações, quando se entrega crianças aos institutos católicos, mas na realidade não se faz nada, o estado português confia cegamente nesses institutos, não há um estudo psicológico, social, sexual, psiquiátrico, aos padres e freiras, que lidam com as crianças.

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terça-feira, fevereiro 17, 2009

Neste dia da tua vida

On this day of your life, Luis, I believe God wants you to know...
....that winning an argument is never the goal of a true
spiritual master. Winning someone's heart is.

The setting side of one's integrity is not required to win
someone's heart, but the setting aside of one's anger
may be. It is possible to make a point without making
an enemy. It is possible to be right without being
righteous. Debating does not have to be debasing.

If there is someone with whom you are disagreeing this
day, would it not be wonderful of you to disagree
without being disagreeable?

Love, Your Friend....




"Neste dia da sua vida, Luís, eu acredito que Deus quer tu saibas… …. que ganhar uma discussão nunca é o objectivo de um verdadeiro mestre espiritual. É, ganhando o coração de alguém.

Não é preciso pôr a integridade de alguém de lado para lhe ganhar o coração, mas pôr de lado raiva de alguém pode ser. É possível tomar uma posição sem fazer um inimigo. É possível estar certo sem ser rigoroso. Debater não tem a ver com rebaixar.

Se houver alguém com quem você está discordando neste dia, não seria maravilhoso você discordar sem ser desagradável?

Amor, seu amigo…."


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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento

Esta é a primeira leitura, que o Vaticano e a sua Curia Romana mandam que se faça no próximo domingo.

"«O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento»

Leitura do Livro do Levítico

O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo:«Quando um homem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra, devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos. O leproso com a doença declarada usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará:‘Impuro, impuro!’ Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».

Palavra do Senhor."

Aqui está, como as igrejas cristã funcionam, quem não está com elas é impuro, é "leproso", é posto de lado, anda andrajoso e em desalinho, e dizem elas que esta é a palavra do Senhor.

Bolas!!!! Quem é quer um Deus assim?
Eu não, graças a Deus.

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terça-feira, fevereiro 10, 2009

O livre arbítrio é pessoal e intransmissível

“Gozar, eu? Estou a falar muito a sério. Sabes quanto tempo andei e o trabalhão que me deu para descobrir o jardim do Éden? Precisei de 43 anos e uma sentença de morte, para descobrir o jardim do Éden e o local onde se encontra. Precisei de 43 anos e cair durante meses numa cama de hospital com um cancro no sangue. Precisei de aprender a Amar, amando-me. Precisei de aprender a Aceitar, aceitando-me. Precisei de aprender a Perdoar, perdoando-me. Precisei de aprender a Respeitar, respeitando-me. Sabes o que contribuiu fortemente para me envenenar o sangue? A culpa. E podes perguntar: culpa de quê? Culpa de tudo, aprendi cedo a ser responsável ao ponto de me culpar de tudo, assumia e penitenciava-me pelas minhas falhas e pelas dos outros. Se os outros falhavam era porque não tinha sabido evitar que falhassem, não os tinha sabido esclarecer, não lhes tinha sabido explicar. Destes outros não fazia parte o mundo inteiro, mas faziam parte todos de quem gostava e os que com quem lidava. Queres maior aberração? Envenenei o meu sangue estúpida e pretensiosamente. É claro que não assumia as culpas que não tinha e as dos outros por pretensão, mas a atitude era estúpida e pretensiosa. Foi difícil, duro, muito duro, mas aprendi. Aprendi que apenas o próprio é responsável pelos seus actos, aprendi, entre muitas outras coisas, que o livre arbítrio é pessoal e intransmissível.”

Do livro “Pecar em nome de Deus”
Página 196
da Otília Pires de Lima

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Vaticano diz que direito de morrer não existe

“O ministro da Saúde do Vaticano, o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, afirmou hoje que, para a Igreja católica, "o direito de morrer não existe", ao condenar uma decisão da justiça italiana que autorizou uma mulher há 16 anos em coma a deixar de receber alimentação.
"A vida é sagrada. Não existe o direito a morrer", declarou o presidente do Conselho Pontifício para a Saúde, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
"Não dar de comer e beber a Eluana é como cometer um homicídio, é deixar alguém morrer de fome e de sede, condená-la a um final monstruoso", destacou o cardeal.
A Corte de Apelação da Itália decidiu na quinta-feira suspender o último obstáculo legal que impedia que a paciente, em coma desde 1992, parasse de ser alimentada, como desejava o seu pai. O caso gerou uma grande polémica no país, onde sectores da sociedade pedem que o chamado "testamento biológico", que assegura uma morte digna caso a pessoa fique irreversivelmente inconsciente, seja implementado.
Religiosas da clínica onde Eluana está internada, perto de Milão, são contra a transferência da paciente e ofereceram-se para cuidar dela até o fim natural dos seus dias.
"Se algumas pessoas a consideram morta, então deixem-na connosco, porque para nós ela está viva. Nada pedimos em troca, só o silêncio e a liberdade de amar e ajudar os fracos", declararam as religiosas em comunicado.
Eluana pode ser transferida para outra clínica de Itália, porque aquela onde está actualmente é abertamente católica e, por isso, recusa-se a cumprir a decisão judicial.”



O Vaticano composto pelos seus cardeais e bispos, dizem que “Não existe o direito a morrer”, e eles bem sabem do falam, para eles, existe o direito de matar quando é preciso. Matar, morrer. Morrer, matar. Falam da vida ser sagrada, mas eles “matam-se” por dentro, com aquelas vestimentas e chapéus, e dentro daqueles moralismos e fanatismos. Pelos vistos, hoje Jesus seria proibido de se deixar matar ou morrer, pela Igreja Católica que se diz, a verdadeira igreja de Jesus, ou melhor de Cristo. Oh meu Jesus de que te livraste tu.

A Vida é para ser vivida em abundância, ainda não perceberam que as pessoas não são vegetais, as pessoas são animais com anima (alma). Se a vida de uma pessoa é suportada por máquinas, qual é a abundância de vida que uma pessoa em coma tem? Que corra, que salte, que chore, que ria, 16 anos meus senhores, para quê deixar a alma presa a um corpo sem hipóteses de auto-sustentar-se? O final é mais monstruoso para aqueles que morrem por que não havia, nem água nem comida disponíveis, e nada foi feito para tal não ter acontecido, como em África e noutros continentes onde há fome, tanto é ladrão, o que rouba como o que fica à porta; agora para a Eluana, não lhe dar comer e de beber é um acto de misericórdia, quantas vezes não sentimos isso pelos animais que estão a sofrer e lhes acabamos com o seu sofrimento? Mas não é possível com as pessoas que estão em coma, anos e anos?

E depois ainda vem “os abutres da caridadezinha” dizer que a Eluana fica bem com elas, como se a vida da Eluana fosse sua propriedade, querem-se apropriar de uma vida humana, querem sugá-la até ao tutano, o pouco que lhe resta, de modo a que elas possam ganhar o céu através de “ajudar os fracos” como se elas fossem fortes, só mesmo pessoas “mortas” como elas estão por dentro podem dizer que Eluana está viva, está viva graças a máquinas que sustenta uma vida falsa, o corpo assim não é mais do que uma prisão e ninguém deve estar preso. Estes “abutres” ainda acrescentam que “ofereceram-se para cuidar dela até o fim natural dos seus dias”. Natural? Sabem lá elas o que é natural, elas que se castraram de ter uma vida natural. Como pode ser natural com a ajuda de máquinas? Eu não sou contra a utilização de máquinas na sustentação da vida, mas dentro de um prazo razoável, dá-se tempo para que o corpo se restabeleça, a partir daí é “morte” para quem está em coma, como para quem acarinha a pessoa em coma.

O senhor Javier gosta de ver pessoas presas, por que ele mesmo está preso e enredado no esquema bem montado pela ardilosa Cúria Romana, só pessoas presas é querem manter todos os outros presos, seja no corpo sem viabilidade, seja na mente torpe, ele tem gosto por estas coisas. E por isso não aceita uma vida com alegria, felicidade, gozo, entrega interpessoal, apenas defende a vida, mas só quando o corpo não tem viabilidade, quer que se continue a torturar a Eluana, como pássaro dentro de uma gaiola, não quer que se abra a porta da gaiola, quer que se continue a cuidar da gaiola quando ela está ferrugenta e instável.

Para mim mesmo pedirei que me libertem do corpo, quando ele não for capaz de bastar por si mesmo e que necessite de máquinas, que dêem um tempo para o meu corpo se possa restabelecer, depois desse tempo, libertem-me do corpo, o meu corpo é pó da Terra e nela ficará, para que todos os ciclos se completem, há Vida para além do corpo, como costumo dizer “o corpo é como um iogurte, tem um prazo de validade”, que se pode estragar antes do prazo, como pode se manter para além desse prazo, mas acabará sempre por se finar.

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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Cristo, o milagreiro


Geralmente os argumentos da divindade de Jesus (como Filho Único de Deus) assentam nos seus “milagres” e “prodígios”, como se Jesus curasse tudo e todos, sem qualquer respeito pelas pessoas que cura, usando-as como meros instrumentos de prova da sua excelsa divindade e vaidade, ora, o que Jesus praticou foi ciência de alto grau existente na sua época, obviamente quem não conhece nada de ciência e não entende como funcionam os fenómenos, julga que são algo de “extraordinário” e fora do normal, ainda hoje acontece isso, e ainda mais acontecia naqueles tempos.

A afirmação de que Jesus é o Filho Único de Deus, faz com que nós sejamos Filhos Únicos de Deus, mais, se Jesus é Deus então nós também somos Deus, somos todos Um em Deus. Se Jesus é divino assim também nós o somos no mesmo grau que o dele, a diferença reside na tradição oral que nos é transmitida e inculcada desde pequenos, coisa que não aconteceu com Jesus com sua iniciação e educação com os essénios.

A religião institucional fugia, foge e continua a fugir de estar ao lado da ciência, não se deixa acompanhar por ela, e muitas vezes a repudia e a afasta não vá acabar com os milhares santuários que dão bom dinheiro. A ciência esclarece aquilo que é visto como milagre prodigioso, estes milagres são usados como ferramenta de superstição, a superstição é usada como ferramenta de divisão (tipo “eu sei e tu não sabes”), a divisão é usada como ferramenta da criação de castas, as castas são usadas como ferramenta do medo, o medo é usado como ferramenta do poder; e Jesus nunca foi por este caminho.

Jesus nunca ambicionou ser Sumo-Sacerdote, nem escriba, nem levita, nem fariseu, nem tem algum cargo de poder sobre outros, foi sempre um igual entre iguais; por isso não percebo as pessoas especialmente os homens que se dizem de Jesus e da verdadeira igreja de Jesus, ambicionarem assumir cargos de poder sobre os outros, olhando para si mesmos como seres especiais e escolhidos por deus para esse tipo de serviço.

O mistério, a superstição continuam a estar em alta nas religiões institucionais, que a ciência não entra. As igrejas institucionais, falam-nos de salvadores, de cristos, de filhos únicos de deus, de alguém que faça algo por nós, de alguém que nos deixa prostrados uma eternidade, de adoração, de missas, de ritos a serem cumpridos rigorosamente, do modo a agradar a deus, mas não nos falam da liberdade do espírito, da nossa decisão pessoal, do nosso compromisso com a vida, do sairmos do nosso lugar, não nos perguntam se queremos ser curados para depois curar-nos a nós mesmos, para nós deixarmos de estar à espera de um “milagre” externo, quando o milagre deve ser interno.

Jesus avança com a ciência e o amor, e com o aval do homem/mulher, só mesmo através dele/dela é que Jesus se sente com autoridade para proferir as palavras de ordem, com o efeito de quebrar os seus bloqueios mentais, tais como não acreditar em si próprio(a), como não se sentir feliz, como não se sentir um ser humano completo, como não se sentir capaz de se curar por ele(a) mesmo(a). Não foi Jesus que o(a) curou, foi ele(a) que se curou a si próprio(a), Jesus foi apenas o desbloqueador, aquele que ajuda a quebrar barreiras/bloqueios.

E era sábado, dia em que Deus descansou, e isto quer dizer que Jesus não é um deus para ser adorado, e que ele mesmo estava-se “borrifando” para os preceitos e ritos, que em vez de libertar o povo de Israel, o aprisionava. Jesus sempre fugiu dessa situação de ser considerado um deus, qual deus do Olimpo, e por isso não compreendo que hoje assim seja considerado, e que nos peçam que o bajulemos, que o adoraremos e o ritualizemos este igual entre iguais apelidado de Cristo mas de nome Jesus, que as diversas igrejas cristãs criaram e continuam a criar.


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