sexta-feira, outubro 10, 2008

Foi a religião ...

" NDW - Porque é que dizes esqueçam a religião?

Deus - Porque não é boa para vós. Compreendam que para a religião organizada ter sucesso, tem que fazer com que as pessoas acreditem que precisam dela. Para as pessoas terem fé noutra coisa, têm primeiro de perder a fé em si próprias. Portanto, a primeira tarefa da religião organizada é fazer-te perder a fé em ti próprio. A segunda tarefa é fazer-te ver que tem respostas que tu não tens. E a terceira e a mais importante é fazer-te aceitar as respostas sem as questionares.

Se questionas, começas a pensar! Se pensas, começas a regressar àquela Fonte Interior. A religião não te pode deixar fazer isso porque é provável que surjas com uma resposta diferente da que ela inventou. Portanto a religião tem que te fazer duvidar do teu Eu; tem que te fazer duvidar da tua capacidade de pensar claramente.

O problema da religião é que, com frequência, isto faz ricochete – porque se não puderes aceitar sem duvidar os teus próprios pensamentos, como podes não duvidar das novas ideias sobre Deus que a religião te deu?

Muito brevemente, nunca duvidas da Minha existência - da qual, ironicamente, nunca duvidaste antes. Quando vivias de acordo com o teu conhecimento intuitivo, podias não Me ter compreendido totalmente, mas sabias definitivamente que Eu estava lá!

Foi a religião que criou os agnósticos.

Qualquer pensador lúcido que examine o que a religião tem feito, tem que assumir que a religião não tem Deus! Porque foi a religião que encheu o coração dos homens do temor de Deus, enquanto que houve tempo em que o homem amava Aquilo Que É em todo o seu esplendor.

Foi a religião que ordenou aos homens que se curvassem perante Deus, quando em tempos o homem se ergueu de braços estendidos com alegria.

Foi a religião que sobrecarregou o homem com preocupações sobre a ira de Deus, quando em tempos o homem procurava Deus para o aliviar do seu fardo!

Foi a religião que disse ao homem para ter vergonha do seu corpo e das suas funções mais naturais, quando em tempos o homem celebrou essas funções como as maiores dádivas da vida!

Foi a religião que vos ensinou que é preciso um intermediário para chegar a Deus, quando houve tempo em que consideravam ter alcançado Deus vivendo simplesmente a vossa vida no bem e na verdade. E foi a religião que ordenou aos humanos que adorassem Deus, quando houve tempo em que os humanos adoraram deus porque era impossível não O adorar!

Em toda a parte onde a religião chegou criou desunião – o que é o oposto de Deus.

A religião separou o homem de Deus, o homem do homem, o homem da mulher – algumas religiões até dizem ao homem que ele está acima da mulher, tal como proclamar que Deus está acima do homem – dando assim azo às maiores caricaturas alguma vez impingidas a metade da raça humana.

Eu vos digo: Deus não está acima do homem, e o homem não está acima da mulher – não é essa a “ordem natural das coisas” – mas é a maneira como todos os que tinham poder (nomeadamente homens) queriam que fosse quando formaram as suas religiões patriarcais, apagando sistematicamente metade do texto da versão final das “sagradas escrituras” e distorcendo o resto para se adaptar ao molde do deu modelo masculino do mundo.

É a religião que ainda hoje insiste que as mulheres são de certa forma inferiores, de alguma forma cidadãs espirituais de segunda classe, algo “inadequadas” para ensinar a Palavra de Deus, pregar a Palavra de Deus ou ministrá-la ao povo.

Como crianças, ainda estão a discutir que sexo é ordenado por Mim para serem Meus sacerdotes!

Eu vos digo: Todos vós sois sacerdotes! Cada um de vós.

Não há nenhuma pessoa ou classe mais “adequada” para fazer o Meu trabalho do que outra.

Mas tantos homens são tal e qual as nações. Sequiosos de poder. Não gostam de partilhar o poder, apenas de o exercer. E construíram o mesmo tipo de Deus. Um Deus sequioso de poder. Um Deus que não gosta de partilhar o poder mas apenas o exercer. No entanto eu vos digo: O Supremo dom de Deus é a partilha do poder de Deus.

Eu queria que vocês fossem como eu."

Conversas com Deus
Nelae Donald Walsch

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